terça-feira, 25 de setembro de 2012

Padre Zezinho, um homem de fé.

Hoje, infelizmente, não são muitas as pessoas que conhecem o padre Zezinho. Mas, para os mais velhos, ligados às Igrejas Cristãs, sempre tem uma música que ficou em suas lembranças. Semana passada, tive notícia de que teve uma isquemia. No domingo, 23, recebeu alta, passando a fazer tratamento em sua residência.
Recentemente, li seus dois últimos livros – “De volta ao catolicismo” e “Um rosto para Jesus Cristo” - e, creio, ele está atualizado e crítico com relação à religião e à sociedade. Sua releitura religiosa não deixa de ser surpreendente: ao mesmo tempo em que finca o pé defendendo sua religião, não deixa de mostrar o quanto os cristãos precisam conversar para reencontrar o caminho do puro cristianismo, do Jesus de Jerusalém.
Muitas são as atitudes que marcaram sua história: o caso de um bispo que disse ser o padre Zezinho “o mais evangélico de todos os padres”, referindo-se à sua preocupação e obstinação com o ecumenismo, a busca do reencontro com os demais credos cristãos.
Suas músicas embalaram tempos de oração, de ternura e de lazer: dos encontros de jovens ao inesquecível momento em que o papa João Paulo II ouviu um coro de milhares de vozes repetir: “abençoa, Senhor, a família, amém, abençoa, Senhor, a minha também!”. Naquele momento, não era apenas um cancioneiro de Igreja, mas um instante abençoado que comoveu o país e o Mundo!
Na sua estada em Pelotas, depois de uma apresentação e de uma Missa, alguns imaginaram um corredor de proteção para retirá-lo do pavilhão onde cantou e rezou com a mesma intensidade. Fiquei surpreso e emocionado quando ele, literalmente, “foi para as massas!”. Não arredou pé enquanto não atendeu a cada um dos que queriam um autógrafo, um abraço, uma fotografia ou a atenção para algumas palavras.
De seus últimos livros, fica a certeza de que precisamos de “Padres Zezinhos” críticos com pregadores que se acham maiores que Jesus Cristo. Homens assim – pastores, reverendos ou padres – são referenciais de fé, que os problemas de saúde não nos roubam, pois deixam um legado maior do que suas próprias histórias.

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