segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O sopro que se chama Francisco

Foi postado na Internet a seguinte síntese:
O papa Francisco, em 24 horas:
- Recusou a cruz de ouro;
- Recusou o carro de luxo;
- Pagou a conta na pensão;
- Exortou os bispos a saírem dos palácios e irem para as periferias;
- Disse que a Igreja sem a cruz é uma piedosa ONG;
- Pediu a bênção dos fiéis;
- Dispensou a sua escolta;
- Deu sentido ao apostolado.
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Gilvan Quevedo comentou pelo Facebook:
"Nossa reação admirada diante da figura simples e despojada do papa Francisco me faz pensar no quanto nós cristãos nos distanciamos de nossa essência. Em que momento da história esquecemos que Jesus entrou em Jerusalém montado em um simples burrinho? Por acaso o servo pode ser maior que o Senhor?
O novo papa, que mostra ser um profundo conhecedor das angústia e inquietações humanas, tem encantado multidões e joga um facho de esperança sobre um mundo tão necessitado. Espero que seu bom exemplo e o bem que faz às pessoas não seja sufocado por nossas igrejas frias, burocráticas, distanciadas do povo, com pregações incapazes de fazer sentido, onde uma legião de angustiados e sedentos de Deus entram e saem ainda mais vazios, não raras vezes para nunca mais voltar.
Não é a toa que o papa pede tanta oração. Mas quem disse que seria fácil? Se fosse, Jesus não teria sido crucificado. E o que ensinou e viveu seria suficiente."
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No que concordo plenamente. Como diz o ditado: "temos a faca e o queijo na mão". Em cada uma de suas aparições - e na maior de todas, durante a Jornada Mundial da Juventude - tivemos a chance de encontrar em Francisco o alento para o desesperançado; o motivo para renovarmos nossa fé; o sentido para continuar caminhando e encorajando outros a também voltarem a andar.
Nas idas e vindas da história da nossa Una, Santa, Católica e Apostólica Igreja (dispensamos o Romana durante o Concílio Vaticano II) reconhecemos ter sidos "santos e pecadores". Em "pecadores" estão todas as vezes que perdemos o sentido do que era verdadeiramente nossa Missão e deixamos a fé se misturar com projetos de poder - político e econômico, disfarçado de religioso. Mas, pelo lado de "santos", está todo o atendimento social que a Igreja foi capaz de fazer, assim como na saúde, na educação e na cultura.
Mas, também, agora, não adianta "chorar sobre o leite derramado". O tempo é de levantar a cabeça, pois não somos de Paulo, Apolo ou Francisco. O nome que nos congrega se chama Jesus, naquele derradeiro sorriso, encantador e desafiador, que apenas pede - repito - o que se dizia dos seus antigos seguidores: "vede como eles se amam!"

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