terça-feira, 23 de outubro de 2012

Saúde pública, não façam política com a dor

Nesta terça - 23 de outubro - a Prefeitura reinaugura o Posto de Atendimento de Saúde do Bairro Santa Terezinha, aqui, em Pelotas. Uma área com diversos condomínios, além de diversas vilas e adjacências ficou, durante bom tempo, sem atendimento básico na área médica.
Um dos argumentos é que, em bairros próximos, existem outros postos para atendimento. Errado: uma boa parte da população é formada por idosos ou doentes que não têm condições de se deslocar de ônibus e tinha, próximo de suas casa, um atendimento que se não era nota dez, ao menos satisfazia as mínimas necessidades.
Muitas vezes, como no início deste inverno, levei meus pais (este ano, apenas minha mãe, pois o pai faleceu em março do ano passado) para as vacinas contra a gripe. Sempre bem atendidos, mesmo que as estruturas mostrassem o desgaste e o descaso não do município, mas daqueles que têm os recursos para isto - governo estadual e federal.
Infelizmente, embora nas campanhas, os pretendentes à prefeitura municipal façam promessas, não está em suas mãos a decisão de investimentos. E quando conseguem os investimentos, manobras políticas, muitas vezes, retardam a sua destinação.
Não é à toa que medicações consideradas básicas - inclusive no tratamento do câncer - não estejam sendo distribuídas pelo município, mesmo com ações judiciais! Infelizmente, o município é a ponta do iceberg. A parte que está por baixo e que tem os recursos se chama estado e união.
Vou estar na inauguração. Vou abraças ao Gustavo e àqueles que lutaram pela reabertura do posto. Vou ouvir explicações que não deveriam ser dadas, mas que deveriam ser entendidas por quem sai de madrugada para buscar uma ficha de consulta; faz uma via da cruz em busca de um remédio, ou quer apenas ter a esperança de que novos mandatários consigam minimizar a dor de uma gente que pede pouco para ser feliz!

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