quinta-feira, 5 de maio de 2011

Democracia relativa

Quase ao final da ditadura militar que vivemos no Brasil até a década de 80, cunhou-se a expressão "democracia relativa". É mais ou menos que nem a presidente Dilma com o seu resfriado. Ou é ou não é, não existe meio termo.
Pois o pior é que o senhor Obama (confundido por alguns jornalistas com o próprio Osama) conseguiu ir além: conseguiu achar explicação para a tortura, que, se exercida em nome da democracia, "pode".
Fiquei de queixo caido. Afinal, conseguiu ficar ao mesmo nível do presidente Bush, que achou uma justificativa adequada para invadir o Iraque: a existência de armas químicas. Que até agora não foram descobertas.
Mas justificar a tortura, mesmo que não física, "apenas" psicológica, é fazer o discurso do deboche. Quem está sendo torturado não sabe até que nível chega a "brincadeira". E se a explicação vale para um lado, porque não vale para o outro?
Infelizmente, os crimes da guerra ultrapassam os partidos e as instituições. Claro que o Osama deveria ser julgado e condenado. Mas porque o senhor Bush também não? E quem disse que os Estados Unidos são os senhores do Mundo para entrar onde querem e eliminar quem querem?
Os Estados Unidos têm fama de descartar quem já foi seu aliado e voltou-se contra a mão daquele que o alimentou. Muitas são as ditaduras ao redor do Mundo que tiveram a bênção dos americanos e, mais tarde, por eles foram perseguidos.
Conveniência. Apenas isto. Enquanto serve, faça o que quiser. Quando não serve mais, elimina-se. É ou não é uma democracia relativa?

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