A decisão do Supremo Tribunal Federal de ontem dando poderes para o Conselho Nacional de Justiça investigar os juízes é histórica, além de dar um novo ânimo para a população brasileira que vem num marasmo diante dos poderes públicos que vê como incompetentes (na maior parte das vezes), achando que não há nada o que se possa fazer para mudar este quadro.
Mesmo que a decisão tenha sido apertada, venceu a vontade da sociedade de que todos aqueles que têm alguma função pública, também publicamente tenham que prestar contas, a tão abençoada, apregoada, mas nem sempre praticada "transparência".
Um dos integrantes da suprema corte chegou a afirmar que todos sabem que, ao haver um julgamento entre pares (próximos), a benevolência é maior, quando não se esquece dos prazos e, muitas vezes, deixam-se prescrever crimes ligados à corrupção, especialmente.
Há um frio percorrendo a espinha do poder Judiciário no Brasil, fruto de uma decisão que vai acelerar a cobrança deste poder, em todos os níveis. Deveríamos trabalhar para que o mesmo aconteça no poder Executivo (governos federais, estaduais e municipais), assim como no Legislativo (nossas câmaras, em todos os níveis).
Este ano, a luta é por fazer valer a lei da "ficha limpa" para as eleições para prefeito e vereador. Dizer que uma pessoas condenada em primeira instância ainda pode ser inocentada é um risco. Quem bom que seja inocente, mas, então concorra numa próxima vez, quando, efetivamente, sua ficha estiver limpa.
Porém, o mais perigoso, continua sendo o dinheiro público mal empregado pelo governo. Em todos os escândalos recentes, o problema é sempre o mesmo: alguém resolveu colocar a mão em dinheiro que não era seu para o próprio bolso ou de alguém muito próximo.
Temos uma esperança no horizonte. Mas ainda temos um longo caminho para ver gente honesta trabalhando em todos os níveis e recursos sendo bem empregados a serviço da população. Posso ser repetitivo, mas o mais importante está em suas mãos: seu voto, nas eleições de outubro deste ano.
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