Artigo de maio de 2005. Infelizmente, a realidade não mudou muito.
Nos últimos
dias tem se tornado uma constante o anúncio de instituições que oferecem
dinheiro fácil. É o caso de bancos que emprestam para idosos, como também o do
governo querendo institucionalizar mais uma loteria com a finalidade de auxiliar
os grandes clubes de futebol.
Não consegui
desvincular esta informação de uma outra, também muito comum, que é o caso do
golpe da premiação, que aparece das mais variadas formas, hoje, inclusive, por
telefone ou por internet.
O que tem em
comum? O oferecimento de dinheiro fácil. Mas a que custo? Aí é que está o
problema.
Com relação
aos golpes, é sempre bom prevenir, especialmente os mais idosos, de que
premiações desproporcionais ao investimento não existem. Ou são muito difíceis.
Não passem dados por telefone e liguem para alguém pedindo orientação. Se for o
caso, até para a polícia. E quem tem familiares idosos, previnam. É o melhor
remédio.
No caso de
oferecimento de empréstimos para aposentados, é bom que se dê conta de que, a
partir daquele momento, uma parcela fixa do seu salário vai ser automaticamente
descontada. Não tem como voltar atrás. E tem juros. Portanto, usem somente se
precisarem, numa emergência. Se não for o caso, a velha dica ainda vale:
poupar, juntar dinheiro para fazer aquela viagem ou comprar algo com o que
estão sonhando.
Já a nova
loteria é um atentado. Seguindo este raciocínio de que os clubes precisam de
auxílio, quantas outras loterias precisariam ser criadas, já que grande parte
da população está enfrentando problemas com as suas finanças.
Infelizmente,
há uma cultura do brasileiro de que poderá solucionar seus problemas
financeiros por um milagre vindo de uma loteria. Esqueçam. Não há milagres para
resolver problemas econômicos.
Há esforço,
muito esforço para resgatar o cheque especial, conseguir uma poupança para os
investimentos que se deseja. Nada é para ontem. Bem pelo contrário, deve ser
uma programação a médio e longo prazo.
Mas não
desista, o contrário é naufragar na insegurança e na angústia que se vive
quando desajustamos nossa saúde financeira.
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