Nesta quarta - 14 horas - vou estar no auditório da Católica, dentro do XX Ciclo de Palestras e Artes do Bem Envelhecer. Vou falar sobre "A dimensão espiritual no processo do cuidador". Um pouco daquilo que falo nas palestras para grupos da chamada "terceira idade" - Voltando à Sala de Aula, do Cetres e do Sesc - assim como minha experiência pessoal dos últimos três anos, com meu pai e minha mãe.
Desde que o Voltando à Sala de Aula me provocou para fazer uma participação tenho tido o prazer de receber os mais variados convites para conversar sobre o processo de envelhecimento. A grande verdade que, muitas vezes, não queremos enfrentar é, exatamente, que desde que nascemos, começamos a envelhecer!
Portanto, investir num envelhecer saudável - de corpo e de mente - é uma necessidade pela qual vamos ter que optar, mais cedo ou mais tarde. O diferencial é que, enfrentando mais cedo, também mais cedo poderemos ter respostas que, se forem retardadas, podem prejudicar e dificultar o próprio envelhecimento.
Falar para cuidadores é uma tarefa especial, porque, em muitos casos, se valoriza a doença e esquecemos de auxiliar aqueles que estão envolvidos com ela: no caso, o próprio doente, ou pessoa idosa, assim como aqueles que estão na sua volta, sendo familiar ou não.
Em tempos em que se fala tanto de que aumentamos a expectativa de vida, discutir a qualidade deste envelhecimento é fundamental. Este tipo de evento alimenta em nós a sensação de que temos uma missão, para cumpri-la precisamos estar conscientes de que ao nos tornarmos cuidadores somos profissionais, sim, mas profissionais da esperança.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Padre Zezinho, um homem de fé.
Hoje, infelizmente, não são muitas as pessoas que conhecem o padre Zezinho. Mas, para os mais velhos, ligados às Igrejas Cristãs, sempre tem uma música que ficou em suas lembranças. Semana passada, tive notícia de que teve uma isquemia. No domingo, 23, recebeu alta, passando a fazer tratamento em sua residência.
Recentemente, li seus dois últimos livros – “De volta ao catolicismo” e “Um rosto para Jesus Cristo” - e, creio, ele está atualizado e crítico com relação à religião e à sociedade. Sua releitura religiosa não deixa de ser surpreendente: ao mesmo tempo em que finca o pé defendendo sua religião, não deixa de mostrar o quanto os cristãos precisam conversar para reencontrar o caminho do puro cristianismo, do Jesus de Jerusalém.
Muitas são as atitudes que marcaram sua história: o caso de um bispo que disse ser o padre Zezinho “o mais evangélico de todos os padres”, referindo-se à sua preocupação e obstinação com o ecumenismo, a busca do reencontro com os demais credos cristãos.
Suas músicas embalaram tempos de oração, de ternura e de lazer: dos encontros de jovens ao inesquecível momento em que o papa João Paulo II ouviu um coro de milhares de vozes repetir: “abençoa, Senhor, a família, amém, abençoa, Senhor, a minha também!”. Naquele momento, não era apenas um cancioneiro de Igreja, mas um instante abençoado que comoveu o país e o Mundo!
Na sua estada em Pelotas, depois de uma apresentação e de uma Missa, alguns imaginaram um corredor de proteção para retirá-lo do pavilhão onde cantou e rezou com a mesma intensidade. Fiquei surpreso e emocionado quando ele, literalmente, “foi para as massas!”. Não arredou pé enquanto não atendeu a cada um dos que queriam um autógrafo, um abraço, uma fotografia ou a atenção para algumas palavras.
De seus últimos livros, fica a certeza de que precisamos de “Padres Zezinhos” críticos com pregadores que se acham maiores que Jesus Cristo. Homens assim – pastores, reverendos ou padres – são referenciais de fé, que os problemas de saúde não nos roubam, pois deixam um legado maior do que suas próprias histórias.
Recentemente, li seus dois últimos livros – “De volta ao catolicismo” e “Um rosto para Jesus Cristo” - e, creio, ele está atualizado e crítico com relação à religião e à sociedade. Sua releitura religiosa não deixa de ser surpreendente: ao mesmo tempo em que finca o pé defendendo sua religião, não deixa de mostrar o quanto os cristãos precisam conversar para reencontrar o caminho do puro cristianismo, do Jesus de Jerusalém.
Muitas são as atitudes que marcaram sua história: o caso de um bispo que disse ser o padre Zezinho “o mais evangélico de todos os padres”, referindo-se à sua preocupação e obstinação com o ecumenismo, a busca do reencontro com os demais credos cristãos.
Suas músicas embalaram tempos de oração, de ternura e de lazer: dos encontros de jovens ao inesquecível momento em que o papa João Paulo II ouviu um coro de milhares de vozes repetir: “abençoa, Senhor, a família, amém, abençoa, Senhor, a minha também!”. Naquele momento, não era apenas um cancioneiro de Igreja, mas um instante abençoado que comoveu o país e o Mundo!
Na sua estada em Pelotas, depois de uma apresentação e de uma Missa, alguns imaginaram um corredor de proteção para retirá-lo do pavilhão onde cantou e rezou com a mesma intensidade. Fiquei surpreso e emocionado quando ele, literalmente, “foi para as massas!”. Não arredou pé enquanto não atendeu a cada um dos que queriam um autógrafo, um abraço, uma fotografia ou a atenção para algumas palavras.
De seus últimos livros, fica a certeza de que precisamos de “Padres Zezinhos” críticos com pregadores que se acham maiores que Jesus Cristo. Homens assim – pastores, reverendos ou padres – são referenciais de fé, que os problemas de saúde não nos roubam, pois deixam um legado maior do que suas próprias histórias.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Camelôs, mercado público e trailers
Um incêndio no Camelódromo de Pelotas levantou a dúvida que percorre todas as cidades de porte médio e grande do Brasil: o que fazer com os camelôs, integrantes dos antigos mercados públicos e espaços de lanches em áreas públicas.
Muitas cidades já encontraram solução. Porto Alegre construiu um grande e belo espaço para os ambulantes, no centro da cidade, livrando as calçadas deste tipo de comércio informal. É o caminho para concentrar atividades que devem ser planejadas, com profissionais preparados, transformando as calçadas naquilo que elas devem ser: espaço para os pedestres!
Em Pelotas, o prefeito teve coragem de tirar todos os comerciantes do Mercado Público - um belo exemplar arquitetônico. Depois de se transformar em, predominantemente, uma área de venda de calçados, agora vai ser reestruturado para atender àquilo que os grandes mercados fazem pelo Brasil: uma variedade que abrange desde serviços populares, até atrativos turísticos.
A área de trailers em grandes avenidas para a comercialização de lanches é um problema: retira os passeios públicos da população, além de ter problemas com relação à sanidade dos alimentos e de excessos em todas as áreas: concentração de desordeiros, som alto, problema com delinquentes e com jovens.
Em tempos onde faltam profissionais para diversas áreas, precisamos requalificar quem está trabalhando em áreas de risco - como as três citadas - além de readequar os espaços físicos. Quem sabe, aí, não está uma boa chance de se envolver as instituições de ensino, pesquisa e extensão, que podem dar a sua contribuição.
Muitas cidades já encontraram solução. Porto Alegre construiu um grande e belo espaço para os ambulantes, no centro da cidade, livrando as calçadas deste tipo de comércio informal. É o caminho para concentrar atividades que devem ser planejadas, com profissionais preparados, transformando as calçadas naquilo que elas devem ser: espaço para os pedestres!
Em Pelotas, o prefeito teve coragem de tirar todos os comerciantes do Mercado Público - um belo exemplar arquitetônico. Depois de se transformar em, predominantemente, uma área de venda de calçados, agora vai ser reestruturado para atender àquilo que os grandes mercados fazem pelo Brasil: uma variedade que abrange desde serviços populares, até atrativos turísticos.
A área de trailers em grandes avenidas para a comercialização de lanches é um problema: retira os passeios públicos da população, além de ter problemas com relação à sanidade dos alimentos e de excessos em todas as áreas: concentração de desordeiros, som alto, problema com delinquentes e com jovens.
Em tempos onde faltam profissionais para diversas áreas, precisamos requalificar quem está trabalhando em áreas de risco - como as três citadas - além de readequar os espaços físicos. Quem sabe, aí, não está uma boa chance de se envolver as instituições de ensino, pesquisa e extensão, que podem dar a sua contribuição.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Energia elétrica - direitos do consumidor
O Rio Grande do Sul foi vítima de uma catástrofe natural que iniciou com muita chuva, passou para fortes ventanias, chegando a um friozinho simpático com cara de meio Outono. No entanto, o que assustou os gaúchos foi o fato de que nossos serviços de eletricidade mostraram o seu pior lado: despreparados para minimizar o sofrimento das pessoas que, em muitos casos, têm outros serviços que dependem da luz: telefonia, internet, televisão a cabo, por exemplo.
Mas também no caso de saúde, pois um senhor ligou diversas vezes, sem sucesso, tentando uma resposta, resolveu buscar ajuda em alguns meios de comunicação, pois tem um paciente em casa que depende da utilização da energia elétrica para manter determinados aparelhos. Queria algo simples: se o prazo para o retorno seria curto ou longo, pois dele dependia a internação do seu familiar.
Por outro lado, passada a tempestade, agora é tempo de ficarmos de olho na conta que virá para o próximo mês. Todos aqueles que tiveram corte por mais de 12 horas tem o direito a serem ressarcidos. Também aqueles que enfrentaram horas com apenas uma fase, se houve dano a equipamentos, devem ter o concerto bancado pela concessionária.
Há diversas formas de reclamar: primeiro, aqui em Pelotas, para a própria CEEE - Companhia Estadual de Energia Elétrica (brincava-se, uma ocasião, que seria a "Companhia Encarregada de Escurecer o Estado!). Não sendo atendido, há dois caminhos, o Procon, na busca de uma solução jurídica para seus direitos, ou a ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica - que tem um telefone para atendimento no Estado, através da AGERGS - Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul: 0800 9790066.
Como as lutas feitas na questão do celular e das televisões a cabo, agora é hora de exigir nossos direitos. Fale, grite, bote a boca no trombone, se foi lesado ou se sabe de alguém que teve problemas.
Mas também no caso de saúde, pois um senhor ligou diversas vezes, sem sucesso, tentando uma resposta, resolveu buscar ajuda em alguns meios de comunicação, pois tem um paciente em casa que depende da utilização da energia elétrica para manter determinados aparelhos. Queria algo simples: se o prazo para o retorno seria curto ou longo, pois dele dependia a internação do seu familiar.
Por outro lado, passada a tempestade, agora é tempo de ficarmos de olho na conta que virá para o próximo mês. Todos aqueles que tiveram corte por mais de 12 horas tem o direito a serem ressarcidos. Também aqueles que enfrentaram horas com apenas uma fase, se houve dano a equipamentos, devem ter o concerto bancado pela concessionária.
Há diversas formas de reclamar: primeiro, aqui em Pelotas, para a própria CEEE - Companhia Estadual de Energia Elétrica (brincava-se, uma ocasião, que seria a "Companhia Encarregada de Escurecer o Estado!). Não sendo atendido, há dois caminhos, o Procon, na busca de uma solução jurídica para seus direitos, ou a ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica - que tem um telefone para atendimento no Estado, através da AGERGS - Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul: 0800 9790066.
Como as lutas feitas na questão do celular e das televisões a cabo, agora é hora de exigir nossos direitos. Fale, grite, bote a boca no trombone, se foi lesado ou se sabe de alguém que teve problemas.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Fernandão chutou o balde
Como diriam os narradores de futebol: Fernandão chutou o balde! Pois foi o que fez o técnico do Internacional de Porto Alegre quando, ao fim de um jogo vergonhoso no domingo, onde seu time saiu perdendo para um dos lanternas por 2 a 0, chamou a atenção de um time recheado de estrelas, que hoje sequer têm luz própria.
Claro que não faltaram os comentaristas de plantão, inclusive o técnico adversário (Luxemburgo, do Grêmio), para criticar a atitude. Pois o Fernandão disse aquilo que todos os setoristas do Inter dizem há muito tempo: quem manda no clube são os jogadores, especialmente uma rodinha seleta, tendo poder de fogo para admitir ou demitir treinadores! Grupo do qual o próprio Fernandão já fez parte!
Pois, agora, a sacudida foi grande e mexeu com os brios de jogadores que preferiram ficar quietos a alimentar a fogueira. Luxa foi oportunista, faz parte de um grupo seleto de treinadores brasileiros que também fazem um "jogo" para que permaneçam em evidência nos principais clubes do país, se possível, evitando a entrada de novos valores.
Um Fernandão que questiona o que foi estabelecido coloca em risco o próprio jeito de fazer futebol, hoje, no Brasil: com interesses escusos em todos os níveis!
Sou colorado (creio que hoje não muito fanático), mas vi na atitude do Fernandão uma esperança de que se volte a ter no futebol um esporte popular, marcado por jogadores que - podem até ganhar bem - mas vistam a camiseta.
O que vemos, hoje, são mercenários atirando conforme seus interesses e não o das torcidas que lhes pagam os salários. A inconformidade do treinador deve merecer respeito e apoio daqueles que, muitas vezes, fazem sacrifícios para comprar um ingresso e tentam acompanhar seus clubes em qualquer situação.
Num tempo novo em que estamos vivendo, onde alguns membros do judiciário nos dão esperança de que não apenas ladrões de galinhas vão para a cadeia, quem sabe também no futebol, se reestabeleça uma relação de honestidade, enchendo de alegria os olhos de quem quer, apenas, ver a bola correr e seu time ganhar!
Claro que não faltaram os comentaristas de plantão, inclusive o técnico adversário (Luxemburgo, do Grêmio), para criticar a atitude. Pois o Fernandão disse aquilo que todos os setoristas do Inter dizem há muito tempo: quem manda no clube são os jogadores, especialmente uma rodinha seleta, tendo poder de fogo para admitir ou demitir treinadores! Grupo do qual o próprio Fernandão já fez parte!
Pois, agora, a sacudida foi grande e mexeu com os brios de jogadores que preferiram ficar quietos a alimentar a fogueira. Luxa foi oportunista, faz parte de um grupo seleto de treinadores brasileiros que também fazem um "jogo" para que permaneçam em evidência nos principais clubes do país, se possível, evitando a entrada de novos valores.
Um Fernandão que questiona o que foi estabelecido coloca em risco o próprio jeito de fazer futebol, hoje, no Brasil: com interesses escusos em todos os níveis!
Sou colorado (creio que hoje não muito fanático), mas vi na atitude do Fernandão uma esperança de que se volte a ter no futebol um esporte popular, marcado por jogadores que - podem até ganhar bem - mas vistam a camiseta.
O que vemos, hoje, são mercenários atirando conforme seus interesses e não o das torcidas que lhes pagam os salários. A inconformidade do treinador deve merecer respeito e apoio daqueles que, muitas vezes, fazem sacrifícios para comprar um ingresso e tentam acompanhar seus clubes em qualquer situação.
Num tempo novo em que estamos vivendo, onde alguns membros do judiciário nos dão esperança de que não apenas ladrões de galinhas vão para a cadeia, quem sabe também no futebol, se reestabeleça uma relação de honestidade, enchendo de alegria os olhos de quem quer, apenas, ver a bola correr e seu time ganhar!
sábado, 15 de setembro de 2012
Oferecendo a meu pai um braço amigo
As redes sociais, seguidamente, compartilham fotos de idosos ou de situações que envolvem idosos. É o que basta para lembrar meus pais, que alcançariam, este ano, 87 Invernos. Infelizmente, meu pai partiu no início no Verão do ano passado, e dona Francinha está em recuperação, mas sentindo as esperanças da Primavera!
Foram muitas situações vividas e sentidas com os dois. Numa ocasião, numa praia do norte do Estado, precisávamos atravessar uma rua movimentada, do supermercado em que meu cunhado trabalhava em direção à sua casa. Minha mãe já tinha segurado um de meus braços. Olhei para meu pai, que parecia confuso. Disse, sorrindo e oferecendo: "tem o outro braço". Ele segurou meu braço e foi com alegria que atravessei a rua com meus pais amparados. E amados.
Depois disto, foram muitas ocasiões em que compartilhamos situações de dependência: higiene, movimentar-se pela casa, chegar à calçada, aproveitar a sombra de uma árvore do quintal ou os poucos passos dados – na última vez que saímos de casa para um passeio - com o andador na Praia do Laranjal.
Não era a quantidade, mas o quando aproveitávamos em intensidade cada momento! Andar alguns passos tinha o valor de quilômetros de uma maratona! Mas conviver era – e continua sendo – um prazer inesgotável: nem que seja apenas numa lembrança!
Meus três tesouros: minha irmã, mãe e pai.
Foram muitas situações vividas e sentidas com os dois. Numa ocasião, numa praia do norte do Estado, precisávamos atravessar uma rua movimentada, do supermercado em que meu cunhado trabalhava em direção à sua casa. Minha mãe já tinha segurado um de meus braços. Olhei para meu pai, que parecia confuso. Disse, sorrindo e oferecendo: "tem o outro braço". Ele segurou meu braço e foi com alegria que atravessei a rua com meus pais amparados. E amados.
Depois disto, foram muitas ocasiões em que compartilhamos situações de dependência: higiene, movimentar-se pela casa, chegar à calçada, aproveitar a sombra de uma árvore do quintal ou os poucos passos dados – na última vez que saímos de casa para um passeio - com o andador na Praia do Laranjal.
Não era a quantidade, mas o quando aproveitávamos em intensidade cada momento! Andar alguns passos tinha o valor de quilômetros de uma maratona! Mas conviver era – e continua sendo – um prazer inesgotável: nem que seja apenas numa lembrança!
Meus três tesouros: minha irmã, mãe e pai.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Saúde pública: reze para entrar, torça para sair.
Uma das manchetes de jornal de Porto Alegre, de hoje, (sexta – 14) é: “SUS perdeu quase 42 mil leitos nos últimos sete anos, indica estudo. Entre as especialidades mais atingidas estão psiquiatria e pediatria”. Não há como, olhando para estes dados, lembrar da situação do agricultor que morreu, depois de percorrer mais de mil quilômetros em busca de tratamento médico.
O sofrimento começou quando tropeçou em um fio de arame e causou um ferimento, no interior de Cachoeira do Sul. Estava iniciado o seu infortúnio: atendido no Pronto Socorro, não havia recursos adequados, teve que recorrer a Bagé, onde a situação se complicou e voltou a Cachoeira, somente tendo que fazer um exame em Santa Cruz do Sul, a 300 quilômetros. De volta à cidade de origem, não resistiu a uma cirurgia que lhe amputaria a perna.
Em tempo de campanha eleitoral, olhar para as propagandas dos candidatos, em todos os municípios, cheira a desrespeito e mesmo a deboche: todos têm pronta a receita para qualificar a saúde, fazendo delas algo como “nunca aconteceu neste país”.
Infelizmente, todos eles já foram candidatos e já apoiaram candidatos que, em outras eleições, prometeram o mesmo e não cumpriram, ou fizeram muito pouco para transformar esta realidade.
Infelizmente, hoje, do posto de saúde, passando pelas unidades de pronto atendimento, até chegar ao pronto socorro, os problemas vão se acumulando, com a falta de profissionais, de especialistas, de recursos e de vontade política.
A saga de Almedorino Élcio da Silva é a saga do brasileiro que depende do SUS (mas também, hoje, não é muito diferente daqueles que dependem da iniciativa privada): rezam para entrar, mas não sabem se vão sair.
O sofrimento começou quando tropeçou em um fio de arame e causou um ferimento, no interior de Cachoeira do Sul. Estava iniciado o seu infortúnio: atendido no Pronto Socorro, não havia recursos adequados, teve que recorrer a Bagé, onde a situação se complicou e voltou a Cachoeira, somente tendo que fazer um exame em Santa Cruz do Sul, a 300 quilômetros. De volta à cidade de origem, não resistiu a uma cirurgia que lhe amputaria a perna.
Em tempo de campanha eleitoral, olhar para as propagandas dos candidatos, em todos os municípios, cheira a desrespeito e mesmo a deboche: todos têm pronta a receita para qualificar a saúde, fazendo delas algo como “nunca aconteceu neste país”.
Infelizmente, todos eles já foram candidatos e já apoiaram candidatos que, em outras eleições, prometeram o mesmo e não cumpriram, ou fizeram muito pouco para transformar esta realidade.
Infelizmente, hoje, do posto de saúde, passando pelas unidades de pronto atendimento, até chegar ao pronto socorro, os problemas vão se acumulando, com a falta de profissionais, de especialistas, de recursos e de vontade política.
A saga de Almedorino Élcio da Silva é a saga do brasileiro que depende do SUS (mas também, hoje, não é muito diferente daqueles que dependem da iniciativa privada): rezam para entrar, mas não sabem se vão sair.
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