sábado, 6 de setembro de 2025

​Toda a Luz Que Não Podemos Ver

Leituras e lembranças:

Toda a Luz que não Podemos Ver (All the Light We Cannot See) é um romance de ficção histórica do autor americano Anthony Doerr, que ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção em 2015. A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial e entrelaça as vidas de dois jovens de lados opostos do conflito. Segue duas linhas narrativas principais que se desenvolvem em paralelo até se encontrarem em Saint-Malo, na França, durante o bombardeio final da cidade em agosto de 1944.

​Marie-Laure LeBlanc: Uma menina francesa cega que, após a ocupação de Paris pelos nazistas, foge com seu pai para a cidade litorânea de Saint-Malo. Seu pai, o chaveiro-chefe do Museu de História Natural, leva consigo uma réplica do Mar de Chamas, um diamante lendário que, segundo consta, concede a imortalidade ao seu dono, mas traz infortúnio a todos que o cercam. Na casa de seu tio-avô, Marie-Laure se conecta ao mundo pelos livros de seu tio e de um rádio, através do qual ouve transmissões da resistência.

​Werner Pfennig: Um órfão alemão com um talento extraordinário para consertar rádios. Esse talento o leva a ser recrutado para uma academia de elite da juventude nazista e, posteriormente, para uma unidade militar que rastreia transmissões de rádio ilegais, como as da resistência francesa. Ele é enviado a Saint-Malo, onde sua trajetória se cruza com a de Marie-Laure.

​A história é contada de forma não linear, alternando entre diferentes períodos e perspectivas, construindo a tensão e a expectativa até o momento em que os caminhos dos protagonistas finalmente se cruzam. Foi amplamente elogiada por sua prosa lírica e poética, que contrasta com a brutalidade da guerra. Anthony Doerr usa uma linguagem sensorial rica, especialmente para descrever o mundo de Marie-Laure, permitindo que o leitor sinta, ouça e perceba o ambiente como ela.

Eis  alguns dos temas mais importantes explorados no romance: A Luz e a Escuridão (literal e metafórica): O título, "Toda a Luz Que Não Podemos Ver", é uma metáfora central. Marie-Laure não pode ver a luz física, mas percebe a luz interior e a beleza do mundo de outras formas. A luz também simboliza a verdade, a esperança e a bondade, que persistem mesmo na escuridão da guerra. Do outro lado, Werner busca a "luz" do conhecimento através de seu rádio e, ironicamente, é usado para extinguir a luz de outros.

​A Natureza Humana e a Moralidade: Suas jornadas são uma reflexão sobre as escolhas que fazemos e as consequências de nossas ações. ​O Poder do Conhecimento e da Conexão: Seja científico (os estudos de Werner sobre rádio) ou histórico (o museu do pai de Marie-Laure), é retratado como algo que pode libertar ou escravizar. A Fragilidade e a Força da Vida: Lembra da precariedade da vida durante a guerra, mas também da resiliência extraordinária dos indivíduos. Marie-Laure, apesar de sua cegueira, não é impotente; sua capacidade de navegação e percepção a tornam incrivelmente forte.

​Toda a Luz Que Não Podemos Ver não é apenas mais uma história sobre a Segunda Guerra Mundial, mas uma meditação profunda sobre a natureza humana, a beleza que pode ser encontrada em meio ao caos e a maneira como as vidas, por mais distantes que pareçam, estão interligadas. É uma leitura comovente e instigante que explora o que, muitas vezes, ainda resta de forças para resistir e da própria esperança… (Pesquisa com a IA Gemini. Este e outros textos em manoeljesus.blogspot.com. Áudio e vídeo em https://youtu.be/dvyg3FmbvQg. A série está à disposição na Netflix)

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