Envelhecer é o caminho em que se outona a vida,
Quando as folhas secam, tombam e nutrem a terra.
No tempo em que as ausências são mais sentidas,
A finitude afronta e cria a consciência de que
Se dissolvem os derradeiros rastros que ficaram no amor.
Tem-se um dia para morrer e todos os outros para viver,
Ao se perceber que o fim se torna o espelho
Em que somos apresentados à solidão.
O desejo de aceitar um bem maior: a própria vida,
Pois ao querer mudar o Mundo, aprende-se que, antes,
É necessário mudar a si mesmo.
O jeito de perceber que as transformações
São feitas ao sabor da brisa... E não dos ventos.
Iniciam, exatamente, quando se ressignifica
A capacidade de acolher e cuidar de quem se ama.
O próximo que não cabe em discursos, mas, sim,
Num abraço em que se alcançam as presenças…
E se acalentam as ausências!
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