Sexta com gosto de poesia:
Feridas sempre causam dor e deixam marcas.
Escondidas nas chagas abertas, desvenda-se uma história.
As piores são aquelas que se alimentam das ausências.
Mesmo quando são causadas por "boas intenções",
Revestem-se do medo da solidão.
Pois quem clama aos quatro ventos
Ter projetado a solução dos teus problemas
Foi incapaz de, simplesmente, te alcançar a mão.
Toda a vez em que apontava
O que outros haviam feito para ferir,
Recusava reconhecer a sua responsabilidade.
Não sabia o quanto magoava.
Quando se precisava de um abraço e compreensão,
Dispensam-se as críticas sobre
O comportamento próprio ou alheio.
Basta abrigar sobre o peito nos momentos mais difíceis.
Feridas não surgem do nada.
As que laceram o físico, podem ser feitas por descuidos
Ou adversidades e precisam de paciência
Para que virem cicatrizes.
As que chagam a alma, sangram vivências.
O tempo somente não é suficiente para serem apagadas.
Perseguem a mente e o corpo enquanto
Não encontram o bálsamo de um carinho, no milagre
Da graça e bênção de uma partilha de sentimentos…
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