domingo, 9 de fevereiro de 2025

Simplesmente assim. Sou: destino





Sou quem enxergas pela janela,

Andarilho silenciando a rua,

Perambulando pelas praças

Ou dormitando nos parques.

Te pareço fora do tempo,

Pois não entendo a tua pressa, embora 

Um dia já tenha feito a mesma jornada.

 

Dói perguntar: o que sou?

No que transformaste a minha humanidade?

Velho, idoso, ultrapassado, decrépito…

Querendo, mais do que o abrigo de uma casa,

Lugar para ser acolhido em um lar, num coração.

Levarás longo tempo para entender que 

A vida passando consome os sonhos 

no altar que se chama destino…


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