Diante de um pequeno ser,
Que anda por sobre o galho da árvore,
Sublimando o olhar;
A planta com encantos que transparecem
Nas ranhuras da folha e a gama de tonalidades;
De alguém que surpreende,
Sorrindo com um presente escondido.
Tempo em que o Mundo
É um imenso universo a ser explorado,
Onde cabem as aventuras que parecem sem sentido
Para o olhar constrangido de um adulto.
Passa-se a vida com a sensação de que
A inocência perdida em algum descaminho
Cobra o gosto estranho do que deveria
Dar prazer e sentido a encontros e desencontros.
Aventurar por todas as possibilidades
Que, depois, ficam restritas aos ditames da razão.
Anestesia-se o encantamento enquanto se amadurece.
Luta-se num intervalo entre ser criança e a velhice.
E a morte chega ao se perder a capacidade do espanto.
O aprendizado das coisas inúteis
Que somente com o ocaso das vivências
Se lamenta não ter lhes dado a devida atenção.
Quando os cabelos embranquecem (ou faltam),
Redescobre-se a necessidade de sorrir,
Aparentemente sem motivo,
Por uma recordação banal…
Experimentar a saudade, na
Lágrima que teima em banhar as lembranças,
Quando se defronta com
O rosto que ficou perdido numa fotografia…
Avós e netos, idosos e crianças,
Fazem a lição do que é importante lembrar.
Viver a vida é mais do que
Apenas deixar passar os dias, meses e anos.
O olhar que acarinha, vindo da infância,
Traça um mapa por sobre as mãos enrugadas;
A razão de construir lembranças quando se chega,
É encontrar sentido no momento da partida…
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