sexta-feira, 5 de maio de 2017

Princípios para a comunicação cristã

Toda a comunicação inicia pelo silêncio.
Meditação, oração, reflexão. Termos utilizados no meio religioso ou nos espaços leigos. Tempo de amadurecer e formatar uma mensagem, de tal forma que ela tenha o destinatário adequado, a forma condizente com o meio e a estrutura trabalhada para atingir objetivos.

Seu corpo é seu melhor meio de comunicação.Os meios de comunicação são instrumentos a serem utilizados. Então, o primeiro meio é a nossa própria estrutura física - gestualidade, expressão corporal, olhar, sorriso...

Invista na sua formação - física, espiritual e intelectual.Muitos e bons "mensageiros" foram relegados ao esquecimento porque investiram num e deixaram os outros de lado. Estão interligados e precisam de igual atenção para que não haja um desenvolvimento capenga.

Você é um formador de opinião. Então seja coerente: seu anúncio precisa ter o respaldo do seu testemunho.Ouvi uma ocasião que "temos uma bela mensagem, mas maus mensageiros". Consciência da capacidade de influenciar é fundamental, mas saber que as pessoas acompanham de forma especial aqueles que se destacam e querem ver estes dois elementos andarem juntos: anúncio e testemunho.

Postura não é apenas um jeito de colocação do seu corpo, mas uma atitude de vida.Há muitos exercícios para adquirir postura. Também para relaxamento físico. E aqueles que são de respiração para uma melhor atuação. Mas este conjunto precisa estar em sintonia com as convicções assumidas, inclusive religiosas.

Comunicação tem a ver com persuasão, não com proselitismo.Argumentos não faltam para o discurso religioso. A capacitação dá a competência para atuar. Mas cuidado, pregar é a arte de convencer, não de tentar doutrinar à força.

Comunicação não se faz fora da realidade. Mesmo a religiosa.Cada comunicador é um ser inserido na sua realidade cultural. A própria religião precisa se valer da realidade local para adequar sua pregação. Não sendo assim, perde a sintonia com as necessidades das pessoas, consequentemente, muitas pregações entram por um ouvido e saem pelo outro.

Religião é prática coletiva. Fé é atitude individual. A comunicação precisa atuar nas duas áreas.Pessoas que vão às igrejas levam a sua fé para a sua prática religiosa. No entanto, há elementos de fé que ficam na sua individualidade e que, muitas vezes, preferem não externar. Lidar com estes elementos demanda sensibilidade e perspicácia, dosando elementos que são da razão, mas também com a emoção.

Respeite, admire e fique atento a quem faz a boa comunicação.Temos homens e mulheres que são excelentes comunicadores dentro de nossas igrejas. Muitos o fazem por uma prática ligada à vivência do seu dia a dia. Este fazer igreja, especialmente nos meios populares, é uma fonte de aprendizado para quem motiva comunicadores.

A Igreja não anda no ritmo das mudanças sociais, portanto saiba trabalhar com todos os segmentos da Igreja.Repito o que ouvi de um bispo: "tenho que caminhar de tal forma que auxilie a acelerar o passo de quem anda mais devagar, mas também de conter aqueles que são mais apressadinhos". A Igreja Católica ainda vive o impacto de uma sociedade que deixou de ser rural para ser urbana. No meio rural, o que era dito do púlpito era lei. Hoje, precisa encontrar seu lugar referencial no meio urbano.

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