quarta-feira, 22 de maio de 2013

Judas Iscariotes

Era moderado, dosado, discreto, equilibrado e sensato. Do que podemos observar nas quatro biografias ou evangelhos de Jesus, nada há que desabone o comportamento de Judas. Não há elementos que indiquem se era tenso, ansioso ou inquieto. Não há relatos de que tenha ofendido alguém nem que tenha tomado uma atitude agressiva ou impensada. Jesus chamou a atenção de Pedro e de João diversas vezes. Chamou a atenção de Tome pela sua incredulidade. A Felipe disse: "Há tanto tempo estou convosco e não me conheces?" Entretanto, Jesus jamais chamou a atenção de Judas, a não ser na noite em que foi traído.
Certa vez, Judas repreendeu Maria, irmã de Lázaro, por derramar um perfume caríssimo na cabeça de Jesus. Ele achou sua atitude um desperdício. Disse que aquele perfume deveria ser vendido e o dinheiro arrecadado deveria ser dado aos pobres. Aparentemente, ele era o que mais pensava nos outros, o mais moralista e sensível dos discípulos.
Tinha tudo para brilhar, mas aprisionou-se no calabouço dos seus conflitos. Judas era o mais bem preparado dos discípulos. Por que ele o traiu? Por que não superou o sentimento de culpa gerado pela sua traição? A negação de Pedro não foi menos séria do que a traição de Judas. Por que eles seguiram caminhos tão distintos diante de erros tão graves?
Um de conflitos de Judas advinha da sua relação com Jesus. Judas ficava perturbado com os paradoxos que o acompanhavam. Jesus contrariava o raciocínio lógico e linear, mesmo dos dias atuais. Ele revelou uma oratória sem precedente, mas logo depois de deixar as multidões extasiadas com suas ideias, procurava o anonimato. Demonstrou um poder para atuar no mundo físico e solucionar doenças, capaz de deixar atônita a física e a medicina modernas, mas jamais usava seu poder para que o mundo se dobrasse aos seus pés. Ele se dizia imortal, mas comentava que morreria como o mais vil dos mortais pendurado numa trave de madeira. Ele deixou insones os líderes de Israel por causa da sua inteligência, mas não procurava convencê-los a tomar a sua causa.
Para Judas, o problema da sua nação era o cárcere do império romano; para Jesus, o problema era muito mais grave, era o cárcere da emoção, o cárcere das zonas de conflitos as quais estão nas matrizes da memória. O problema estava na essência do ser humano. Jesus discorria de múltiplas formas que o ser humano só seria livre se fosse livre dentro de si mesmo, se seu espírito fosse transformado, se a fonte dos seus pensamentos fosse renovada, reescrita.
Jesus teve a ousadia de confiar a bolsa das ofertas a Judas. Por quê? Ele desejava que Judas revisse a sua história enquanto cuidava das finanças do grupo. A educação de Jesus era ilibada. Ele nunca pediu conta dos erros das pessoas. Nunca inquiriu das prostitutas com quem e com quantos homens elas haviam dormido. Ele jamais acusou Judas de ladrão Jesus não tinha medo de perder o dinheiro roubado por Judas, ele tinha medo de perder o próprio Judas. Ele sabia que quem é desonesto rouba a si mesmo. Rouba o quê? Rouba sua tranquilidade, sua serenidade, seu amor pela vida. O coração de Judas estava doente, não amava nem Jesus nem a si mesmo. Os transtornos de personalidade de Judas, tipificados pelos espinhos, eram seu grande teste. O homem mais doente não é aquele que tem a pior doença, mas aquele que não reconhece que está doente. (fonte: Augusto Cury)

Doce palavra
Quando nascemos, balbuciamos, mas não sabemos dizer;
Depois é tempo de apenas ser capaz de articular alguma sílaba;
Quando se diz seu nome pela primeira vez,
para ela, desaparecem todas as dores, as noites em claro, as angústias da ansiedade e das preocupações.
Passamos o resto de nossas vidas pronunciando, com carinho e respeito, uma palavra que abala o Universo.
Conhecemos ela madura, acompanhamos seu envelhecimento, depois a vemos fenecer. É a vez em que tudo o que recebemos pode ser retribuído!
Nas ânsias, nos momentos tristes, quando queremos um conforto:
MÃE!
É palavra sagrada que Deus, mesmo não precisando, quis ter uma para sentir o humano de sua criação!
(Escrevi lembrando das muitas mães, as que comigo convivem, em especial, no caso, as da Oficina de Espiritualidade)

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