domingo, 7 de dezembro de 2025

O mapa das minhas dores

Simplesmente assim:

As feridas passadas

Traçam um mapa

Sobre a pele.

Quando o tempo avança,

Sente-se, mais do que se vê,

Que as marcas que ficam, são 

Memórias balizando destinos.


Não se esquecem as feridas

Que o amor causou:

Os acidentes e incidentes que se

Dissolvem nas brumas

Da passagem dos dias, meses e anos.


As que envolvem quem se acarinhou

Têm, nas estações da vida,

Uma presença marcante,

Que nos deixam mais lentos,

Menos impetuosos,

Carregando as dores.

Marcas de mãos que não se esquece. 


Feridas não penetram no corpo pelos olhos:

Destilam-se em meio às partículas, 

Mirando a própria alma.

Nunca foi um descuido,

Mas o traçado de um caminho.

Onde a cumplicidade se viu traída

E o desencontro de corações 

Colocou de joelhos sentimentos e afetos…


(Imagens produzidas pela IA Gemini. Áudio e vídeo em https://youtu.be/qRoDe_ggO4M)

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