O caso da mãe que expôs a bancária que não quis ceder o lugar à janela no avião para uma criança. O primordial direito de quem comprou é ficar no seu lugar. Então, não querendo a troca, não havia o que discutir. A não ser por uma pessoa sem noção que se achou no direito de expor publicamente alguém que defendia seu direito. Saiu o tiro pela culatra. A maioria dos internautas deu razão à “vítima”, já que havia mais lugares à janela, mas o “pirralho” queria exatamente aquele lugar já ocupado.
O alarme foi acionado no sábado, 29, às 15 horas, como treinamento. Gostaria que esta interação do poder público com a sociedade fosse permanente, baseada em critérios técnicos e tendo o cidadão como preocupação. Infelizmente, ouvi pessoas dizerem que é um “inconveniente” e “invasão de privacidade” acessar um número privado para "incomodar ". Se acontecer algo - espero que não - estes mesmos “incomodados” vão estar angustiados pelo atendimento público, se estiverem em situação de risco.
A hipocrisia dos discursos que não batem com a realidade, especialmente quando se prioriza um “politicamente correto” que se repete até que vire uma “verdade”, transformando o rebanho em massa de manobra. Respeitar o direito de cada um é trabalhar pelo real bem-estar social. Passa, por exemplo, em ceder (não é, senhores juízes, que se manifestam contra que o teto salarial seja realmente “teto de salários”, sem exceções). Desprezando a população que luta por viver de um mísero salário mínimo.
Petulância e achar que se é juiz e jurado, pelas redes sociais, no primeiro caso; cobrar do setor público o que não é sua obrigação, criticando quando atua, no segundo; distância existente entre a população e as elites político e administrativas do país. Em nenhum dos casos, funcionou, por pouco que seja, a empatia e a solidariedade. O difícil é conscientizarmo-nos de que estas ações são mais comuns do que se reconhece. Não somente nos casos que se tornam públicos, mas, no dia a dia, nos espaços da convivência de cada um dos cidadãos brasileiros…
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