Somos feitos de sonhos inacabados.
O material incorpóreo
Que reúne ânsias e expectativas.
Resistimos à concretude,
Tendo no horizonte o sentido do devaneio.
Mesmo com quem se ama,
Luta-se para aceitar a finitude,
A imperfeição que adoça cada reencontro...
Ficam nas memórias, lugares onde se habitou e
O som cristalino de vozes e risadas.
Ali, o sentimento de vazio e de dor,
Com o desejo de que ainda consigas ser feliz.
Ao teu rosto esmaecer nas minhas lembranças,
Meu sorriso se perde na escuridão da tua ausência.
Foste em busca de novos horizontes
E eu não podia impedir que perseguisses teus sonhos.
As nuances do tempo desmaiam as memórias.
Fugidias, recolhem-se
Aos recônditos onde esmaecem as recordações.
O frescor da juventude deixa
Rastros que marcam por toda a vida.
Como as digitais do teu abraço no meu peito.
O motivo para aceitar tua partida,
E ser honesto com o meu próprio coração.
Pude, então, imaginar o alcance dos teus sonhos,
Onde se mesclavam possibilidades e anseios.
Aquilo que nossos olhos contemplariam,
Se tivéssemos ficado juntos.
Seria o Paraíso, a realização de todas as utopias.
Onde se cobraria, apenas e tão somente,
um sorriso como o preço para ser acolhido.
Os mesmos caminhos, os mesmos lugares.
Ali, onde tudo parecia ter sentido,
Menos no dia em que precisei entender a tua falta.
Com o tempo,
Rasgam-se as vendas que obstruíram os sentidos.
A sensação de que o pouco que
ficou é suficiente para que não se
Desista de sonhar com a felicidade…
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