sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Destino: o mapa da eterna procura

Não te sintas só quando chegar

O meu dia de partir.

O destino foi o tempo em que eu soube 

Me fazer melhor na tua companhia.

Nas noites em que perambulamos à luz da Lua, 

Aprendemos que prender um vaga-lume

Entre as mãos é negar a sua sina.


Os céus precisam deles para criar

Pontos luminosos que ofuscam as estrelas.

No voo em meio aos arbustos e às flores ou 

Flutuando por sobre as águas da lagoa,

Fazem o mapa da eterna procura.

É no andar da vida que se entende 

O quanto doses de amor 

Podem ser cura ou um doce veneno…


Depois que o brilho do sol fenece, 

Recolhendo-se ao seio da noite, 

O mar ainda continua o mesmo.

Predestinado a mostrar que se pode

A amar e ser amado:

A única cura para as feridas do passado,

Recuperando o espírito da criança 

Que não desiste e espera dentro de cada um. 


Viver pode ser apenas e tão somente 

Proporcionar momentos de doçura, 

Que são lampejos de felicidade. 

Ao exercitar o silêncio, entender que 

As palavras que machucam somente 

Podem ser curadas por um abraço.

Pois mesmo a dor que anuncia o parto é 

A agonia que gera lágrimas de felicidade.


O que se chama de “sina”

Sempre oferece alternativas.

O prazer está em não descartar

Absolutamente nada, enquanto se caminha.

Na junção de muitos rumos,

As escolhas são definitivas.

Lamentar é a negação das próprias predileções,

Os demais rumos e suas oportunidades.


O destino não apaga as possibilidades.

Apenas aponta caminhos e perspectivas.

Faz-se a eterna viagem da vida

Em que se precisa da bússola que direciona,

Mas também de um olhar atento

Para não perder referências.

A distância é o de menos.

Seguindo no rumo das estrelas,

Desbravando rumos ou a capacidade

De não se perder diante das expectativas….

Nenhum comentário: