sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Uma nesga de luz na tormenta

Quando uma vela tremeluz,

Brincam nas paredes as sombras

Que imprecisam as formas.

Porém,

Aguçam os sentidos e a imaginação.

Desenhos que

Surgem ao se permitir

Que a alma ganhe a dimensão dos Céus

E vague por espaços de liberdade...

 


Ao me sentir sozinho,

Com o peito oprimido,

É o momento de pedir que, por favor,

Me apontes a direção do Sol.

A escuridão vai ficando para trás e

Pode-se ver o limiar em que

As sombras espreitam a luz.

É ali que as lágrimas vertem

O seu abandono no silêncio.

 

Mesmo que se tente abrir

Um caminho em meio a uma floresta,

Como num conto de fadas,

As luzes multicolorem e atapetam

A imensidão do horizonte,

Em que surge um arco-íris.

E se ainda a chuva cair, não precisas correr.

É o momento em que

As cores e a claridade se harmonizam,

Enquanto o Astro Rei

Escapa, brincando, por sob as nuvens.

 

Antecipa-se à tempestade

Que se forma no Horizonte,

Onde raios coriscam, rasgando a noite,

Com sua luz fugidia;

Trovões ecoam

Ao longe no prenúncio do temporal.

E poderás te encantar com a magia

Com que a Natureza faz a moldura dos corpos.

Olhar o céu à espera das estrelas

Será a expectativa de folhear

O livro do Universo com

Os corpos celestes em constante movimento.

 

Não desiste do caminho que iniciaste:

És o motivo pelo qual cada gota

Que acaricia teu rosto sonha em

Colar tua roupa como uma outra pele.

Serás o farol que resiste à força do mau tempo,

Como uma nesga de luz na tormenta.

E quando houver a escuridão,

Apenas ama as estrelas que te espreitam.

A perfeita junção entre homem e natureza 

Que as tormentas do espírito insistem em confundir...

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