Há uma lágrima que rola por teu rosto
Quando
a madrugada acaricia teus sonhos,
Sem
o direito de recordar a razão.
É o
pranto que acompanha tua vida,
Desde
o teu primeiro gemido,
Quando
reclamaste por não intuir o teu futuro.
Choraste
quando querias ter rido,
Começavas
a partilhar de uma história,
Sem
perceber que de muitas outras
Acabarias
por tomar parte...
Ninguém passou por ti indiferente.
Alguns
despertaram o riso,
Outros
sorrisos,
E os
que mais te marcaram
Foram
os que te deixaram lágrimas.
Que
te fizeram sofrer,
Misturadas
à alegria,
As que
despertaram em ti emoções.
Vieste
ao Mundo em busca de felicidade,
Querias
aprender com as flores,
Que
bailam no sussurro da brisa
E não
esquecem de quem as regou e acarinhou.
Mendigaste
a partilha dos teus sentimentos.
Idealizaste
um sonho:
Com
qualquer sofrimento,
Viverias
nas sendas em que
Cores
e perfumes fazem a química
Onde
borbulha a essência da vida.
Ali,
soluços transbordam e
As
dores já não cabem num peito.
Assim
como não se controlam as lágrimas,
Também
não se controla o amor.
Há
um choro contido quando
O
pranto encontra o caminho de um olhar,
Por trilhas
já percorridas, na descoberta
De
que as lágrimas que secaram
Ficam
na memória e as marcas selam teu rosto...
Ecos
do pranto da criança que se aventura
Necessitando
demarcar caminhos;
O
jovem experimentando na sedução
Sentimentos
conturbados;
O
momento em que a única lágrima
No
rosto do idoso marca a despedida;
Regam
o rumo da esperança,
Que
não precisa ser o caminho do pranto.
Não
pode deixar
Que
te arrependas dos teus sonhos.
Deixa
as secar ao sabor da brisa
Que
atiça os cata-ventos.
Seguindo
o teu destino: a agonia da perda é
A
lágrima que não encontra a sua razão de ser...
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