quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Não sei o que diria meu coração

Não sei o que diria meu coração: há momentos em que ele prefere ficar calado. Fica ensimesmado nas batidas compassadas dos momentos em que prefere a solidão e os horizontes da natureza.
Sem a preocupação de pensar em alguma coisa, apenas segue o destino que os passos alcançam, amparado pelo silêncio que não cobra declarações, defesas, juras, promessas, devaneios verbais...
Não sei o que diria meu coração: há momentos em que ele prefere ficar esquecido. Contenta-se em estar em plena rua, mas aconchegado ao próprio peito, dançando na música que os passantes não ouvem.
Se pega a observar que as pessoas carregam suas preocupações e não conseguem viver um momento de desapego, apenas silenciando. São reféns da própria vida, correndo atrás das promessas insensatas que o tempo lhes faz e que, o próprio tempo, cobra seus juros, com frases amaldiçoadas como: “mas já passou?”
Não sei o que diria meu coração: há momentos em que ele se descobre nos braços do Eterno! Então, a transcendência faz a dança do silêncio e ele percorre as nuvens, singra os céus, fica esquecido entre o mar e a terra.
Não há como trazê-lo de volta. Tem o jeito da insensatez e veste-se como a loucura. É o momento em que se sente realizado. Não precisa dar explicações, apenas sentir que superou o efêmero e vive a eternidade!

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