domingo, 23 de novembro de 2025

Com as rédeas do coração

Simplesmente assim:


Uma nesga de sol, no inverno,

Um pedaço de sombra, no verão.

É um carinho ansiado 

E que, muitas vezes, não se consegue.

Fica um gosto de incompletude, ao

Se desejar atenção,

Um jeito terno de olhar,

Receber uma flor...


Quando tudo mais perde o sentido, 

A realidade parece precisar apenas da lógica. 

Loucura é deixar 

O coração tomar as rédeas. 

Multiplicam-se, então,

Gestos de ternura e carinho,

Que, na maior parte das vezes,

Não precisam de explicações. 


Desnudam a intimidade da alma

Onde um espírito 

Acolhe e sintoniza com o outro.

A porta deste mistério 

É um olhar silencioso,  

Em que se dispensam as palavras.


Abrir frestas e janelas,

Arejar tristezas, dispensar as mágoas.

Ali, onde se guardam segredos,

O tempo recolhe imensos vazios.

Nas ausências e desassossegos,

Livrar-se do que atravanca 

Os corredores da memória, 

Para que a luz desnude 

O caminho onde se perde o medo

De tropeçar e cair…


(Imagens geradas pela IA Gemini. Áudio e vídeo em https://youtu.be/Aud-fOeBS4M)

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