Simplesmente assim:
Um pedaço de sombra, no verão.
É um carinho ansiado
E que, muitas vezes, não se consegue.
Fica um gosto de incompletude, ao
Se desejar atenção,
Um jeito terno de olhar,
Receber uma flor...
Quando tudo mais perde o sentido,
A realidade parece precisar apenas da lógica.
Loucura é deixar
O coração tomar as rédeas.
Multiplicam-se, então,
Gestos de ternura e carinho,
Que, na maior parte das vezes,
Não precisam de explicações.
Desnudam a intimidade da alma
Onde um espírito
Acolhe e sintoniza com o outro.
A porta deste mistério
É um olhar silencioso,
Em que se dispensam as palavras.
Abrir frestas e janelas,
Arejar tristezas, dispensar as mágoas.
Ali, onde se guardam segredos,
O tempo recolhe imensos vazios.
Nas ausências e desassossegos,
Livrar-se do que atravanca
Os corredores da memória,
Para que a luz desnude
O caminho onde se perde o medo
De tropeçar e cair…
(Imagens geradas pela IA Gemini. Áudio e vídeo em https://youtu.be/Aud-fOeBS4M)

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