sexta-feira, 26 de abril de 2024

Não me poupa do teu riso...

Vem. Me faz companhia,

Por um instante que seja.

Podemos cantar

E quem sabe até perseguir nossos sonhos.

Encontrar o gosto de uma roda de amigos,

Onde alguns cantam,

Outros cantarolam

E quem apenas vai no embalo,

Seguindo o murmúrio de um assobio.

 

Vou corar de satisfação ao ver

Os sorrisos que mantém bocas abertas,

Quando faltam as palavras

E a gente é feliz por uma simples recordação.

Pensei até em escrever a letra de uma música,

Como quem finaliza um café,

Sem medir o tempo,

Sorvendo o aroma que aguça

O paladar e envolve todos os sentidos.

 

O encontro é o lugar onde o futuro dá

O direito de expandirmos nossos sonhos.

Ali, não me poupa do teu sorriso,

Do teu riso, do teu olhar matreiro.

 

Terão a graça

Da brisa que arqueia

As asas de uma borboleta;

Da noite que realça

O luzeiro dos pirilampos;

O suspiro da lágrima da manhã

Que demora em escorrer por uma folha,

Na espera da música que ainda ecoa do passado.

 

Quero que seja eterno

O teu jeito travesso de ser.

Te prometo:

Confiarei em ti de todo o meu coração.

Serás sempre a minha única canção de amor.

 

Sabes bem a razão:

Aprendemos juntos que amar também dói

E que o remédio que cura

É a sonoridade que embala os corações,

Seguindo o rumo dos acordes

De uma música sem formas e sem som,

 Que abriu mão dos instrumentos.

 

Ainda vou precisar de um longo tempo

Para me dar conta de que

A palavra dita chega sempre depois,

Quando o encanto mergulha e se espraia

Por cada uma das minhas fibras.

Todas as partes do meu corpo que

Anseiam por teu sorriso,

Teu riso, teu jeito matreiro de ser...

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