domingo, 28 de agosto de 2022

Uma viagem pelo mundo do entretenimento

Já fui noveleiro (tipo o padre Edson) e, de vez enquanto, me vejo acompanhando cenas de novelas antigas que marcaram época. Recentemente, pelo retorno ao Canal Viva, apresentam partes de uma das mais deliciosas comédias que assisti: “O Cravo e a Rosa”. Impossível não se deliciar com as rusgas entre a Catarina (Adriana Esteves) e o Petrucchio (Eduardo Moscovis). Mas passou. E no horário do final da tarde, tradicional para a segunda rodada do meu chimarrão, encontrei nas séries um bom programa.

Garimpando, fui alertado para as produções que vêm da Coréia do Sul. Meu preconceito inicial foi vencido e me vejo acompanhando duas delas, que nem são consideradas as melhores: Alquimia das Almas e Vincenzo. Comédias do tipo românticas com uma boa produção, ao menos para o meu gosto e pouco conhecimento técnico. Ambientação bem escolhida, fotografia ágil e uma narrativa envolvente que não exige a presença constante do “tico e do teco”, mas disposição de aproveitar um bom seriado.

Tipo aventura juvenil. A primeira, de época, oportunizando conhecer costumes, com o seu mundo de lendas e feitiçarias; e a segunda, valendo-se de um deboche que coloca em cena um “mafioso”, com olhinhos puxados e tudo, mas a pinta de “ragazzo” italiano, só que de origem coreana... Ainda não sei diferenciar bem os personagens. Creio que eles devem dizer o mesmo de nós, mas, tem momentos em que me confundem. Não é somente pelo tipo de maquiagem, mas por postura mais contida e centrada.

Dos que vi, nem um tinha a preocupação de discutir grandes temáticas da humanidade. Embora, em alguns casos, já me contaram, abordam temas das relações humanas com muita sensibilidade. Propõem-se a ser apenas um entretenimento agradável ao contar uma história. Impossível não traçar um paralelo com os atores e atrizes ocidentais. E os “doramas” (a forma como a palavra “drama” é pronunciada pelos japoneses) coreanos ganharam espaço no Brasil, especialmente pelos canais de streaming.

Porém, a produção coreana surpreendeu, também, em musicais e, se não viram, vale a pena assistir ao grupo chamado Forestella, com canções populares internacionais, onde desfilam pelo inglês, italiano e russo, ao menos. Em apresentações esmeradas na produção musical, assim como nos cenários sofisticados e iluminação. Novas roupagens para clássicos conhecidos. É um luxo: mesmo ao cantar em coreano, entonação e expressividade dispensam versões por encantar por uma magia elementar: a da música!

Para quem busca preciosidades, especialmente nas áreas artísticas, a Internet é uma mina sem fundo. Também já fui atrás de circos, que meus pais gostavam, e gastei os arquivos da TV Cultura passando e repassando a Inezita Barroso para a mãe. Percorri os “The Voice” das Américas e Europa, encontrando artistas que levaria uma vida viajando para poder assistir. Prepare as malas, com a ansiedade e dúvidas de quem se encaminha para o embarque... Vai valer a pena! Boa viagem pela cultura e pelo entretenimento!

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