segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um sinal de esperança

Quando a espaçonave Apolo 11 pousou na Lua, em seu retorno, o presidente americano Richard Nixon disse que aquele era o maior feito da Humanidade, pois o homem punha o pé, pela primeira vez, em seu satélite. E que ninguém poderia contestar aquele feito sob sua administração. Um pastor, presente, interferiu para dizer que de fato aquela era uma ocorrência importante, mas que a maior marca deixada na raça humana acontecera há cerca de dois mil anos atrás, quando o próprio Deus pôs o seu pé na Terra!
Claro que é muito difícil a gente ver todas as coisas sob a melhor perspectiva. Há um ditado que diz: “não apresentes um problema ao teu Deus, mas apresenta o teu Deus ao teu problema”. Alguém pode dizer que é somente um jogo de palavras. Não é. Lembro do padre angolano Quintino que dizia que ter Deus no coração era mais importante do que ter dinheiro, poder, a realização de todos os anseios e instintos. Passava pela realização pessoal e a capacidade de descartar as pedras que podem estar no caminho em função do caminho que se abre em perspectiva.
É um pouco do que deveria ser este tempo de Natal. O excesso de festas, gastos, consumo, alimentos, pode deixar a sensação de frustração, quando nos damos conta de que, passadas, pouco ou nada restou. Já falei a respeito de crianças que esperam presentes através de promoções – como a do Correio – mas que também são realizadas por inúmeras entidades religiosas e civis. De todos os comentários, um ficou martelando: “fazemos isto porque conhecemos a graça e a generosidade de Deus. E queremos fazer com que outras pessoas possam senti-la através de nós”.
Não é muita pretensão, não. É uma verdade. Ouvem-se tantas notícias em função do mal que acontece em nossas vidas – morte no trânsito, uso de drogas, maltratos a crianças e idosos – porque não podemos ser um sinal da esperança de Deus para aqueles que a vida marcou com o sinal da desesperança? Não sei a fórmula, talvez ela até nem exista, mas que é um baita desafio, isto é: no majestoso silêncio que nos aponta para a beleza de um Deus menino encarnando, Ele pede que nossas mãos sejam utilizadas para plantar um sinal de esperança. Feliz Natal!

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