quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Vamos falar em eleições...

A Ordem dos Advogados do Brasil lançou campanha pela conscientização do voto. Em 2014, já havia trabalhado este tema, juntamente com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, alertando: "voto não tem preço, tem consequência". O voto cidadão é dever/direito de todo brasileiro que estiver habilitado e consciente do que seja viver num sistema representativo.
Uma explicação dada pelos organizadores é a de que, em casa, quando a família faz o seu orçamento - em tempos bicudos, muitas vezes a receita é insuficiente para todas as despesas - é comum designar um membro como administrador, aquele que vai fazer os gastos caberem no somatório da renda familiar.
O voto é parecido: dá-se a uma pessoa a gerência dos recursos (executivo) - mas, de olhos bem abertos - a outra (legislativo) fiscalizar para que cada centavo seja gasto no que é de interesse de todos. Quando não funciona é comum o votante se eximir acusando quem o incentivou a votar, porque "esta gente não tem jeito mesmo!"
O sistema funciona mal quando a população se acomoda e o que se vê são guerras de belezas e figuras sombrias aproveitando-se para ganhar indevidamente e promover a corrupção. A corrupção existe em qualquer país, a diferença é se manter sob controle quando o cidadão fiscaliza e faz valer o ditado: é o olho do dono que "engorda o boi"!
Vamos falar em eleições... Nos mais diversos ambientes, repetidamente! Recentemente, um grande número de pessoas deixou de encaminhar crianças para a vacinação, voltando doenças já extirpadas. Esqueceram e baixaram a guarda. É uma questão de educação: não bastam campanhas de ocasião, mas que formadores repitam frequentemente o quê fazer e porquê fazer de novo... E se for preciso, outra vez!
Meu pai, o seu Manoel, votou até as últimas eleições antes da sua morte. Tivemos dificuldades de levá-lo até a urna, mas ele fazia questão. Já estava com mais de 80 anos e sabia, por experiência, que era a sua "atitude" que fazia a diferença. O voto é uma atitude individual, pessoal, uma decisão que se aprimora com a observação, a informação e a formação. Um direito e - com certeza - um dever.
Fazer brincadeira com o voto, votar em branco, deixar de votar é "jogar pérolas aos porcos". Voto é poder que não sendo utilizado pelo próprio cidadão vai ser utilizado por outros... Do jeito que lhes for mais conveniente... Platão já fazia um alerta para quem abre mão do direito ao voto: “não há nada de errado com quem não gosta de política, simplesmente será governado por quem gosta!”

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