Gosto de livros. Para mim, não importa se são impressos em papel ou apresentados de forma digital. Superei esta dicotomia quando, nestes tempos de aposentadoria e com a pandemia, me tornei ainda mais caseiro do que o habitual, e encontrei vantagens nos dois. O digital é prático para ser usado no tablet e faz companhia em deslocamentos, como viagens. O físico está ali, ao meu lado, no estande do escritório, pacientemente, fazendo companhia e me provocando para aventuras, conhecimentos, consultas.
Já citei que tenho alguns livros que viraram fetiche para mim. No bom
sentido, é claro: o Pequeno Príncipe, do Saint Exupery; Fernão Capelo Gaivota,
do Richard Bach; e o Profeta, do Gibran Kalil Gibran. Já estão nas minhas
prateleiras, assim como completei o conjunto dos livros do Augusto Cury que
tratam de “Maria, a maior educador da História”, “Análise da inteligência de
Cristo”, e “Os segredos do Pai Nosso”. Também consegui um exemplar do livreto
“Poemas para rezar”, do padre Michel Quoist.
Estou me empenhando em conseguir os três primeiros em outros idiomas, como
francês, o italiano, o espanhol e o inglês. Amigos que se preparam para viagens
internacionais sinalizam com esta possibilidade, já que a importação se torna
mais difícil e mais cara. Diferente de quando estiverem lá e adquirirem para o
próprio consumo. Mas um capítulo à parte tem sido tentar encontrar alguns
especiais, como as brochuras dos livros da revista Seleções, com quatro
histórias, assim como almanaques e manuais da Disney.
Esta virada de mês tem cheiro de Primavera e de livros no ar... Por um
motivo simples: a realização das Feiras do Livro de Pelotas e Porto Alegre, que
iniciaram na última sexta-feira, dia 28. A festa da literatura que, aqui em
Pelotas, acontece bem ao lado da Biblioteca Pública, com a sua tradição de acolher
e zelar pela literatura. Bem no centro histórico, com um passeio que inclui, é
claro, sentar à sombra das árvores frondosas e, ainda, percorrer os corredores
do Mercado Público, sorvendo um pouco da história.
Na praça Coronel Pedro Osório ou na praça da Alfândega, as pessoas,
respeitosamente, andam em meio a expositores, atraídas por lançamentos, obras
que sonharam ao longo do ano, cestos de liquidação ou, apenas, curiosidade. Mas
é o livro, infelizmente, objeto que se torna raro, por não ter por objetivo,
apenas, apresentar técnicas para lidar com máquinas e similares. Do papiro,
passando pelo papel, e até ao digital, aguça o olhar para o diferente, o
imponderado, o que aperfeiçoa a mente e a alma do ser humano.
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