domingo, 30 de outubro de 2022

Tem cheiro de livros no ar...

Gosto de livros. Para mim, não importa se são impressos em papel ou apresentados de forma digital. Superei esta dicotomia quando, nestes tempos de aposentadoria e com a pandemia, me tornei ainda mais caseiro do que o habitual, e encontrei vantagens nos dois. O digital é prático para ser usado no tablet e faz companhia em deslocamentos, como viagens. O físico está ali, ao meu lado, no estande do escritório, pacientemente, fazendo companhia e me provocando para aventuras, conhecimentos, consultas.

Nos últimos meses, depois que uma equipe liderada pela arquiteta Miriam fez uma reforma no meu escritório, tenho saído à cata de obras das quais me desapeguei em três ocasiões: quando saí do Seminário, quando fui morar em Porto Alegre e, por fim, na minha aposentadoria. Nunca cheguei a contar quantos, mas o certo é que, até o início deste ano, não creio que o seu conjunto chegasse a 50 obras. Foi então que recuperei o costume de percorrer sebos em Pelotas e Porto Alegre. Mas ainda não é tudo.

Já citei que tenho alguns livros que viraram fetiche para mim. No bom sentido, é claro: o Pequeno Príncipe, do Saint Exupery; Fernão Capelo Gaivota, do Richard Bach; e o Profeta, do Gibran Kalil Gibran. Já estão nas minhas prateleiras, assim como completei o conjunto dos livros do Augusto Cury que tratam de “Maria, a maior educador da História”, “Análise da inteligência de Cristo”, e “Os segredos do Pai Nosso”. Também consegui um exemplar do livreto “Poemas para rezar”, do padre Michel Quoist.

Estou me empenhando em conseguir os três primeiros em outros idiomas, como francês, o italiano, o espanhol e o inglês. Amigos que se preparam para viagens internacionais sinalizam com esta possibilidade, já que a importação se torna mais difícil e mais cara. Diferente de quando estiverem lá e adquirirem para o próprio consumo. Mas um capítulo à parte tem sido tentar encontrar alguns especiais, como as brochuras dos livros da revista Seleções, com quatro histórias, assim como almanaques e manuais da Disney.

Esta virada de mês tem cheiro de Primavera e de livros no ar... Por um motivo simples: a realização das Feiras do Livro de Pelotas e Porto Alegre, que iniciaram na última sexta-feira, dia 28. A festa da literatura que, aqui em Pelotas, acontece bem ao lado da Biblioteca Pública, com a sua tradição de acolher e zelar pela literatura. Bem no centro histórico, com um passeio que inclui, é claro, sentar à sombra das árvores frondosas e, ainda, percorrer os corredores do Mercado Público, sorvendo um pouco da história.

Na praça Coronel Pedro Osório ou na praça da Alfândega, as pessoas, respeitosamente, andam em meio a expositores, atraídas por lançamentos, obras que sonharam ao longo do ano, cestos de liquidação ou, apenas, curiosidade. Mas é o livro, infelizmente, objeto que se torna raro, por não ter por objetivo, apenas, apresentar técnicas para lidar com máquinas e similares. Do papiro, passando pelo papel, e até ao digital, aguça o olhar para o diferente, o imponderado, o que aperfeiçoa a mente e a alma do ser humano.

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