A última garça marca o azul do fim de tarde.
Não sei qual o seu destino,
embora possa saber onde é seu pouso.
Poucas nuvens nos céus,
apenas o suficiente para moldar os últimos raios do Sol.
E são cúmplices de um pássaro desgarrado
que busca seu bando, no início do Outono.
Resta o silêncio de um final de domingo,
onde o azul do céu faz uma incursão
entre o arrojado da tarde e o chumbo da boca da noite.
Os galhos da Nogueira têm seus últimos agitos com a brisa
e também se aquietam e trocam de cor
na medida em que a Natureza adormece.
No breu que aquieta o espírito e sussurra
que amanhã, novamente, a garça voltará aos céus.
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