Quando uma vela tremeluz,
Brincam nas paredes as sombras
Que imprecisam as formas.
Porém,
Aguçam os sentidos e a imaginação.
Desenhos que
Surgem ao se permitir
Que a alma ganhe a dimensão dos
Céus
E vague por espaços de liberdade...
Ao me sentir sozinho,
Com o peito oprimido,
É o momento de pedir que, por
favor,
Me apontes a direção do Sol.
A escuridão vai ficando para trás e
Pode-se ver o limiar em que
As sombras espreitam a luz.
É ali que as lágrimas vertem
O seu abandono no silêncio.
Mesmo que se tente abrir
Um caminho em meio a uma floresta,
Como num conto de fadas,
As luzes multicolorem e atapetam
A imensidão do horizonte,
Em que surge um arco-íris.
E se ainda a chuva cair, não precisas
correr.
É o momento em que
As cores e a claridade se
harmonizam,
Enquanto o Astro Rei
Escapa, brincando, por sob as
nuvens.
Antecipa-se à tempestade
Que se forma no Horizonte,
Onde raios coriscam, rasgando a
noite,
Com sua luz fugidia;
Trovões ecoam
Ao longe no prenúncio do temporal.
E poderás te encantar com a magia
Com que a Natureza faz a moldura
dos corpos.
Olhar o céu à espera das estrelas
Será a expectativa de folhear
O livro do Universo com
Os corpos celestes em constante
movimento.
Não desiste do caminho que iniciaste:
És o motivo pelo qual cada gota
Que acaricia teu rosto sonha em
Colar tua roupa como uma outra
pele.
Serás o farol que resiste à força
do mau tempo,
Como uma nesga de luz na tormenta.
E quando houver a escuridão,
Apenas ama as estrelas que te espreitam.
A perfeita junção entre homem e natureza
Que as tormentas do espírito insistem
em confundir...
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