terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Conscientização ecológica inicia em casa

Os noticiários a respeito das enchentes no Rio Grande do Sul (mas não só), assim como secas prolongadas em diversas áreas do país, como na Amazônia, por exemplo, finalmente fazem com que o cidadão comum, ao menos, erga o olhar pensando: “opa, aí tem coisa”. Este mesmo cidadão mergulhado na sua letargia, justificada por argumentos do tipo: “isto é coisa para um futuro distante, depois dos meus netos e bisnetos...” Pois o futuro jogado para as traças já mostra que o equilíbrio climático está se deteriorando.


A Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Clima, que encerra nesta terça-feira (12) demonstra o fracasso da humanidade em cuidar da própria casa. Os noticiários dão conta de que lá, assim como nos centros abastados de discussões políticas pelo Mundo, o que menos importa é o benefício das populações que são vítimas dos fenômenos climáticos. Interessa o jogo de poder, as negociações financeiras e, até, as guerras de vaidades, que jogam holofotes sobre o marketing da ecologia.

A participação de delegações de diversos países demonstra o quanto o nosso dinheiro serve para o turismo de negócios ecológicos. O que vai resultar para as pessoas que fazem o serviço na base, recolhendo e tratando do lixo, por exemplo? Nada. Continuam sendo tratadas como pessoas do lixo e não da limpeza, enquanto nós, que de fato somos os responsáveis pelos resíduos mal acondicionados e mal destinados, nos pensamos cidadãos do bem que dão a sua contribuição quando catam um papel de bala no chão...

Da conferência anterior, se têm promessas que não foram cumpridas. Compromissos de mudanças de costumes nos países ricos, em especial, que não deram em praticamente nada pois se precisaria deixar mordomias com as quais se negociam, muitas vezes, espaços políticos e partidários. Assim como a manutenção de estruturas falidas (como a própria ONU), em que se consomem rios de dinheiro para “briga de crianças” com seus “pais”, onde as grandes potências fiscalizam até onde os emergentes esticam a borracha.

O que os “ecochatos” denunciaram, agora é notícia em variados espaços informativos. Mudou o clima, altera-se o comportamento dos oceanos, as geleiras se desfazem e Pelotas, por exemplo, que está sete metros acima do nível do mar precisa se preocupar. Mesmo que não seja a questão do mar, mas o fenômeno das chuvas do norte e oeste do estado, mostra que o escoamento das águas levanta o nível da Lagoa dos Patos e a região do Laranjal, assim como o vizinho município de Rio Grande, pode ser afetada.

Conscientização ecológica inicia em casa: economia de água e energia; descarte do lixo, em especial o reciclável; cuidar cursos de água e vegetações nativas (ruas cobertas de árvores e sangas desaparecem); utilize carro ou moto só quando necessário. É o passarinho apagando o incêndio da floresta com água no bico. A parte possível para o cidadão. Muda-se uma sociedade pela educação. Mais do que discurso é olhar de conversão sobre o que se usa, pretende usar e se quer deixa para as futuras gerações.

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