Faltando uma semana para se viver a festa cristã do nascimento de Jesus Cristo, o Natal, tomo a liberdade sugerir que se permitam algumas fofurices. A própria palavra já é fofa e guarda o sentido de coisa leve e descontraída. Então, minha dica é de que, de alguma forma “sejas um fofo neste Natal”. Complicou? Sem problemas. Vamos pensar em fazer algo diferente do que sempre se fez, como uma forma de surpreender aqueles e aquelas que já tornaram rotina uma época que deveria ser de encantamento e magia.
Vou dizer o que penso que pode ser uma gentileza ou um ato de fofurice.
Por exemplo, alguém que, pela simples presença e jeito de ser, faz sorrir e,
muitas vezes, do nada, rir por lembranças boas e carinhosas. Receber beijos,
abraços e amassos, daquela forma que somente quem também sente falta da
presença de um familiar, um amigo ou amiga, uma pessoa amada, consegue dar e
sentir. Alguém que diga ou murmure o teu nome carregando toda a intensidade de
significados que apenas a cumplicidade conhece.
Até algo que pode parecer banal, quando se recorda ou ainda se é tratado por um apelido de infância ou o diminutivo do nome. Ouço muitas vezes, quando ando por minha rua, o tratamento de “Manoelzinho”. Não são apenas os mais idosos (que já não são muitos), mas também os seus filhos, com os quais convivi na primeira idade e faziam a diferenciação do nome de meu pai, o seu Manoel. O tratamento que nenhum dos outros títulos que recebi na vida carregam a intensidade da emoção e da saudade.
Quando, andando na rua, um olhar se eleva do chão e alguém que lhe parece conhecido
dá um “bom-dia”, quem sabe apenas um “oi”, ou o sem graça: “e aí?” Mas
significa que aquela pessoa não passou indiferente. De alguma forma, saiu do
mundo por onde andava em divagações. Como quando a gente se encolhe no mau
tempo e aparece um guarda-chuva salvador que convida a que se aconchegue a um
ombro amigo, fugindo da umidade e do frio. E o mais importante: alguém que acolhe,
dá abrigo e proteção.
Confesso que, ultimamente, as festividades de final de ano são passadas
com pouca presença de familiares. Não é por causa deles, mas minha. A “síndrome
do Ogro” me faz passar longe de grandes ou pequenos grupos. Com o tempo, a
gente se acostuma a fazer companhia para si mesmo. Eu já não vejo como um
problema. Sigo minha rotina normal, mas fico torcendo e rezando para que a
minha gente sempre esteja disposta a demonstrar que Natal e Ano Novo são festas,
por excelência, de reenergização.
Não sei o que pretendes fazer. Talvez nem queiras fazer alguma coisa. Que
pena. A mensagem de um Deus criança é a maior fofurice da História. Como se o
Salvador te encontrasse na rua, oferecesse uma flor, perguntasse se poderia dar
um abraço e ainda fizesse um carinho na tua cabeça. Todas as dores, angústias, o
negativo, se dissolveriam no simples fato de que serias acarinhado pelo Seu nome.
O nome do Filho de Deus, o nome universal de quem sente que precisa continuar
acreditando no Amor!
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