Perdão por ainda falar de amor.
Amor
É o perfume que inebria os sentidos.
Dele, não sei muito.
Mas, do que experimentei,
Amor é plenitude,
Que somente se entende
Quando se aceitam as carências
Como lugar para vencer os medos,
Que desaguam no abismo da
indiferença.
Não tem problema se não consegues entender e
Acreditas que são apenas palavras
vazias,
Divorciadas do que sentes no dia a
dia.
Porém, tenhas a certeza:
Não se usam as palavras em vão.
Elas carregam o mistério dos
sentidos ocultos.
Na incapacidade de se beber de seus
silêncios,
Desnudam-se, na angústia de colocar
Ao teu alcance aquilo que precisas
intuir...
A palavra significada é contornada
pelo
Universo que esconde sua razão e
origem.
Que tem eco, reverberação,
Ondas que abalam o existir.
Dizer é o balbucio da inteligência.
Feito refém, empobrece um mundo em
que
A ânsia por falar impede a plena
compreensão.
Na ausência das palavras,
Sorri, me abraça,
É o momento em que elas,
Elas mesmas, se dispensam...
Ainda que estejam presentes no
olhar
E nos braços que envolvem
Pelo simples prazer de gostar de
alguém.
Pessoas que não abraçam,
Que não te dedicam um olhar
sorridente,
Esqueceram que o afago das palavras
Apenas é possível
Se houver o compartilhar dos
sentidos,
Com a intensidade de todos os teus
sentimentos...
Então, devolve a minha palavra
Junto com a tua compreensão.
Acarinha a riqueza de uma partilha.
Preciso do teu olhar
Para segurar os meus medos e
Te abraçar sempre que precisar.
Doeu quando tatuaste teu nome no
meu coração.
Foi quando aprendi que
A lágrima contida é a dor que
Guarda na memória a lembrança da
ferida.
Na sinceridade de
Um coração arrependido e silencioso,
Vais entender que a ninguém pode
ser negado,
Em algum momento,
O perdão e conseguir de volta
O pleno direito de amar...
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