domingo, 16 de julho de 2023

Fofuras & fofurices nas tramas orientais

Seguidamente falo a respeito das séries (novelinhas) orientais que inundam os serviços de streaming, como o Netflix. Sãos doramas ou k-dramas, com produções provenientes da China, Japão, Tailândia e, especialmente, Coreia do Sul. Além das montagens musicais, descobriram um filão em que misturam, muitas vezes, drama, comédia, romance, ficção e aventura, ao menos. Não é difícil que, num mesmo episódio, que se vá, com uma certa facilidade, do riso às lágrimas, passando por ternos sorrisos...

O Amor que tu me é novela em miniatura. Chinesa, conta a história do jovem casal que se desentende, se separa e o rapaz fica fora cinco anos. Na volta, se reencontram e continuam as brigas. Tem um detalhe: há uma criança, um filho, “fofíssimo” – Min Quan Quan – que vale cada cena e cada lágrima derramada! Quando, enfim, encontra os pais acordando na cama, faz cara de brabo e vai receber “explicações”. Descobrem que ele apenas queria dormir entre eles. E reclama: “os adultos são muito complicados!”

Pousando no amor é melodrama clichê. Sul coreana anda de parapente, pega corrente de ar e cai aonde? Na sombria Coréia do Norte, exatamente no lugar onde o mocinho a aguarda como resultado das tramas do destino. Ele e seu batalhão de atrapalhados querem protegê-la e fazê-la voltar ao seu país. Lances de puro “fofismo” em que ambos desejam ao outro mas não querem dar o braço a torcer. Mesmo assim a torcida é toda para que volte, tente andar de parapente, pegue uma corrente de ar e... Vocês sabem!

Um milhão de vezes amor é japonesa. Gostei do nome do rapaz: Naoki. Namora a Yui, mas estão desgastados na relação. Naoki desaparece e surge o policial Uozumi, vindo de família que lida com fantasmas. O que é, agora, o sério e beiçudo Naoki. Uozumi faz a ponte na relação, sendo que precisa se esforçar para não atrapalhar, já que também se apaixonou por Yui. A trama mistura lances policiais e espiritualismo, assim como se é apresentado a costumes religiosos que, popularmente, não nos são tão estranhos assim.

O Rei eterno conta a relação de dois jovens envolvidos numa trama interdimensional. Lee Min-ho é o rei Lee Gon, do “reino” da Coreia (que não existe). Bondoso, inteligente, dedicado ao seu povo e capaz de arrancar suspiros... A tenente Jung Tae-eul é da “república” da Coreia (a atual). No entanto, há um portal misterioso por onde Lee entra num mundo paralelo e conhece a mulher pela qual procurava desde a morte de seu pai e se apaixonou... A trama policial e paisagens só perdem para a “Fofurice” do casal!

Um bom passatempo sempre foi ler. Ainda somos (eu e mais alguns) do tempo em que se queimava pestana à luz de um lampião. Vieram os meios eletrônicos: cinema, televisão, computador, com filmes, séries, shows e tudo o que cabe na imaginação... O que é isto? Uma forma de sublimar: outros vivem o que se gostaria de viver ou se reprova em alguém o que não se quer. Compensa ausências, solidão, incapacidade de relacionamento ou... apenas diverte e faz os dias mais leves! Não é assim para você?

Nenhum comentário: