sexta-feira, 3 de maio de 2024

O pôr do Sol, o Álamo e o riso das estrelas

No pôr do Sol,

A magia dos raios

Salpica luzes por sobre as águas.

O entardecer aconchega.

As folhas do Álamo voam para longe.

Espraiam-se ou se juntam,

Ao sabor da procissão do vento.

Intensificam-se

As cores que marcam a estação da espera.

 

O dourado do horizonte

Mescla-se com o das árvores,

No tempo em que o frio se aproxima,

Já trazendo

Os rastros do outono.

É quando,

No silêncio da terra,

As sementes adormecem

E aguardam a passagem do inverno.

 

A paisagem perde muito das suas cores

E o primeiro frio

Aperta o coração que

Mareia lágrimas silenciosas.

Não é possível desistir.

Esfrego as mãos, me encolho e

Estico o olhar em direção do horizonte,

Que ainda consegue dourar

As nuvens,

Numa explosão de tons e de cores.

 

Sinto falta de alguém que ajude

A encontrar

Uma oportunidade para ser feliz.

Mesmo tendo sido capaz de

Rascunhar páginas da vida,

Onde rasguei possibilidades

E me encantei com pequenos milagres

Que alvoreceram em meu peito.

 

Preciso também fazer o tempo da espera.

É difícil parar quando tudo se atropela

E julgo que o Mundo não anda

Sem que eu possa ajudá-lo.

Dou-me conta de que o andar é constante

E outros já passaram à minha frente...

 

Quando o relógio insiste

Em tiquetaquear amarguras,

O tempo diverte-se num sorriso enviesado.

Então, basta saber que a Lua,

Soberana por sobre um mar de nuvens,

Ilumina caminhos por onde brincam as musas,

Encantadas com o riso que se ouve das estrelas!

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