No pôr do Sol,
A magia dos raios
Salpica luzes por sobre as águas.
O entardecer aconchega.
As folhas do Álamo voam para longe.
Espraiam-se ou se juntam,
Ao sabor da procissão do vento.
Intensificam-se
As cores que marcam a estação da
espera.
Mescla-se com o das árvores,
No tempo em que o frio se aproxima,
Já trazendo
Os rastros do outono.
É quando,
No silêncio da terra,
As sementes adormecem
E aguardam a passagem do inverno.
A paisagem perde muito das suas
cores
E o primeiro frio
Aperta o coração que
Mareia lágrimas silenciosas.
Não é possível desistir.
Esfrego as mãos, me encolho e
Estico o olhar em direção do
horizonte,
Que ainda consegue dourar
As nuvens,
Numa explosão de tons e de cores.
Sinto falta de alguém que ajude
A encontrar
Uma oportunidade para ser feliz.
Mesmo tendo sido capaz de
Rascunhar páginas da vida,
Onde rasguei possibilidades
E me encantei com pequenos milagres
Que alvoreceram em meu peito.
Preciso também fazer o tempo da
espera.
É difícil parar quando tudo se
atropela
E julgo que o Mundo não anda
Sem que eu possa ajudá-lo.
Dou-me conta de que o andar é
constante
E outros já passaram à minha
frente...
Quando o relógio insiste
Em tiquetaquear amarguras,
O tempo diverte-se num sorriso
enviesado.
Então, basta saber que a Lua,
Soberana por sobre um mar de
nuvens,
Ilumina caminhos por onde brincam
as musas,
Encantadas com o riso que se ouve das
estrelas!
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