Dita o ritmo da dolência,
Batendo suavemente na janela.
O meio da tarde, aos poucos,
Carrega os ruídos que chegam de
Um lugar misterioso na casa.
Dali, o ar fica impregnado de
aromas,
Lentamente, percorrendo corredores,
Se infiltrando pelas frestas das
portas,
Brincando com os meus sentidos e
Despertando da sonolência e da letargia.
Todos os caminhos convergem para a
cozinha.
Onde receitas misturam sabores e
sorrisos.
A magia de estar em torno de uma
mesa
Faz com que se perca a noção das
horas,
De um relógio que,
Benevolente, passa a sussurrar o
tempo...
Mãos encantadas
Misturam grãos e temperos.
Alimentos transpiram
Na alquimia
De uma xícara de café
E um pedaço de bolo fumegante.
Sabores se dissolvem na boca e
Manjares tem um perfume inebriante.
A chuva batendo na janela
É um detalhe no aconchego
Em torno do fogão.
Onde o doce sabor de uma fatia e
suas migalhas
É o manjar que desperta risos,
Torna a vida mais leve e acalenta o
coração!
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