Os brinquedos ficaram espalhados pelo chão.
No silêncio da espera,
Aguardam por ti, no mesmo lugar
Onde a magia do sol das manhãs de inverno
Cruza os vitrais das janelas e
Aconchega risadas e brincadeiras.
Tua inocência e teus sonhos são a razão
Para que ganhem vida e habitem a tua imaginação.
A metamorfose da arquitetura em que
A mesa vira garagem para os carros,
Junto com a baia em que
Descansam cavalinhos multicoloridos.
O jacaré espera debaixo da samambaia,
Uma mistura de floresta e pântano,
O lugar de onde fazes resgates e, depois,
Consertas o pneu do caminhão.
Crias universos que apenas tu consegues entender.
Neles não são necessárias explicações plausíveis,
Mas o desejo de criar
Uma realidade que corresponde à tua fantasia.
És o meu raio de sol em muitas manhãs.
Na espera de que me chames
Para arrumar tua meia
Ou retirar farelos de pão do teu rosto.
Quem sabe,
Ainda a distância, ouvir-te chamar por "tio"!
Que nome tens? De um anjo, de um arcanjo?
Rafael, Gabriel, Miguel?
O desejo de Deus de que Suas criaturas amadas
Recolham as asas, esqueçam do tempo,
Assumam o jeito e os trejeitos de uma criança
Que brinca na dourada manhã de sol no inverno…
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