domingo, 14 de fevereiro de 2016
Downton Abbey - a série
Uma das séries que acompanhei em 2015 foi Downton Abbey. Sua maior parte se passa em uma propriedade fictícia, localizada em Yorkshire, chamada Downton Abbey e segue os Crawley, uma família aristocrática inglesa, e os seus criados, no início do século XX, a partir de 1912. Toda a pompa e circunstância estão presente na família que se julga merecedora por algum direito divino de todas as mordomias e seus criados, que existem para fazer a máquina funcionar em benefício de seus patrões.
Eram anos difíceis. Seu início se dá com o comunicado de que alguém da família estava num navio - Titanic - que recém naufragara quando ia em direção aos Estados Unidos (primeira temporada). Em seguida, vem a Primeira Guerra Mundial - 1914 a 1918 - quando ao menos um membro do lado de cima da casa e outro da parte debaixo convivem com os horrores da conflagração que envolveu praticamente toda a Europa (segunda temporada).
Tendo como pano de fundo a própria história mundial, mas também discussões mais específicas - família, mulher, voto universal, direitos dos trabalhadores, homossexualismo, a trama encanta porque há sensibilidade em mostrar os diversos atores. As cenas deslumbrantes do interior do castelo servem de fundo para personagens que nos dão raiva, mas também ganham nossa simpatia, numa alternância onde a questão do "bom" e do "mau" é bem humano: ninguém é totalmente um, como ninguém é totalmente o outro.
A sexta e última temporada está agora no ar, no Brasil, pelos canais GNT e Globosat, tendo passado seu quinto capítulo no sábado (13). Para quem gosta de filmes com boa construção de relações sociais e costumes, assim como de contextualização histórica, vale a pena assistir. Para os que vão pegar o barco andando, é procurar um banco de séries e ver as edições anteriores (vale a pena).
Do sábado passado, chamou a atenção a relação entre uma dupla de idosos recém casados e que o senhor já começa a mostrar sinais de que procurava uma "empregada cuidadora", ao invés de esposa. Também do personagem que declarou sua homossexualidade e que embora todos digam que o respeitam têm todas as precauções, numa relação em que se disfarça o preconceito. Uma lição fica clara: o discurso das mudanças sociais é uma coisa. A prática das mudanças sociais... bem, esta é outra coisa completamente diferente!
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