As redes sociais fizeram meu primeiro contato com o novo bispo de Rio Grande, padre Ricardo Hoepers. Depois que o pessoal começou a fazer circular pelo Facebook as boas-vindas e um pequeno histórico do padre curitibano, também o vi na relação daqueles possíveis "amigos" do face. Durante a semana, não fiz contato. No sábado, enviei uma solicitação de amizade, prontamente respondida. Pensei que era graça de algum santo e resolvi abusar. Enviei mensagem de boas-vindas e colocando-me ao dispor, também resposta pronta, agradecendo e dizendo da importância da área da comunicação.
Padre Ricardo dará continuidade ao trabalho de dom José Mário, numa diocese pequena, mas com muitos percalços. Especialmente Rio Grande enfrentou problemas, primeiro por ser apenas passagem para a navegação, com a prostituição e consumo de drogas. Depois os tempos áureos da montagem de plataformas, inchando a cidade e todas as áreas urbanas próximas. Por último, o problema de ver a economia voltar atrás.
Nos últimos anos, muitos rapazes foram meu aluno no curso de Teologia e ordenados padres por Rio Grande. Então, o bispo que será sagrado em maio, em Curitiba, e empossado em junho, em Rio Grande, tem consigo um bom esquadrão para a tarefa de pastoreio. Pois é isto exatamente o que precisa ser enfrentado: diante dos problemas já existentes, perspectivas que se mostraram falsas e novas decepções, há um povo carente de pastor!
Quando pensei em saudar o padre Ricardo veio-me à ideia duas situações. No Evangelho de São Mateus: "Ao ver as multidões, Jesus sentiu grande compaixão pelas pessoas, pois que estavam aflitas e desamparadas como ovelhas que não têm pastor. Então, falou aos seus discípulos: De fato a colheita é abundante, mas os trabalhadores são poucos..." E daquele que é fonte inspiradora para os padres diocesanos, São João Maria Vianney, o cura D'Ars: “o padre não é para si. Não dá a si a absolvição. Não administra a si os sacramentos. Ele não é para si, é para vós.”
Pois este jovem bispo tem esta missão pela frente. Trabalhar na motivação para que homens e mulheres enfrentem o duro trabalho das paróquias, comunidades e serviços; incentivar a participação daqueles que estão afastados do convívio e voltar seus olhos para os problemas do Mundo - a nossa casa - como nos pede a Campanha da Fraternidade e onde Rio Grande e Região Sul têm tantas carências.
Bem-vindo, padre Ricardo, ser bispo não é uma honraria concedida, mas um desafio. Creia que a região espera por um bispo pastor, que usa os meios disponíveis (as redes sociais fazem parte), para aproximar e resgatar laços. Homens e mulheres de Deus empenhados em trabalhar para que esta casa de passagem seja boa e mostre cheiro de família e santidade para todos os que quiserem entrar pelas portas de nossas Igrejas.
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