Relembrando artigos já publicados.
Os estudiosos da comunicação
começam a contrabalançar o discurso da utilização das tecnologias de ponta (ou
novas tecnologias) com a necessidade de um elemento básico: a valorização da
imaginação. Imaginação que é uma das características da raça humana, que a
distingue e a torna peculiar.
É claro que a imaginação não
precisa ser oferecida a partir das tecnologias. A imaginação precisa fazer
parte da vida, até porque ela precede a realidade. É uma forma como nós, em
nossas carências, temos de lançar mão dos recursos de nosso cérebro, para
visualizar o que ainda não é real.
Este é um dos motivos pelos
quais temos – jovens, adultos e idosos – dificuldades, hoje, pois não
estimulamos a que se valorize a imaginação. Desta forma, impedimos, até, tornar
previsível algo que gostaríamos de produzir, ou de viver.
Nesta “revisão”, valorizam-se
os “poetas” e os “loucos” (falo com conhecimento de causa porque creio que faço
parte dos dois times), como aqueles capazes de, exatamente, exacerbar a
imaginação. Ora, por favor, vamos mais devagar. É claro que estas duas
categorias têm muito a dar, no sentido de que se humanizem as relações e se lhes
empreste aquela sensibilidade que foi descarnada do produto técnico.
Então, o que fazer? Não tenho
uma resposta pronta. Sequer acredito que isto seja necessário. Parece que,
novamente, colocamo-nos diante de uma encruzilhada. Encruzilhada que não chega
a ser algo de novo na história da humanidade, mas que, agora, quer recompor
valores (perdidos?) deixados de lado por alguns segmentos que preferiram
apostar em que tinham todas as respostas prontas a partir de cálculos precisos
e, redundantemente, exatos.
Eu prefiro ficar com meus
poetas, meus loucos, meus cronistas, meus articulistas e todos aqueles que
entendem que somos apenas seres humanos, limitados naquilo que podemos fazer
com nossa condição física, mas ilimitados no que podemos alcançar com nossa
imaginação.
Esta soma tem um potencial
explosivo: o elemento técnico passa a não existir por si, somente, mas atende a
respostas que, como sociedade, esperamos que nos dê. Perigosamente próximos a
se verem inseridos efetivamente na realidade, ancorados em fatos que nos
desafiam a trabalhar positivamente a técnica no que possa oferecer para alargar
horizontes. Para bem além da nossa imaginação.
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