Frio. O Minuano que corta a cerração da noite.
Andar pela rua, onde o fim é infinito
e a visão alcança apenas o que aquece o coração.
Sentir que o rosto aceita o desafio
e que até a respiração ajuda a névoa que se forma.
E os passos agridem o silêncio e a solidão
dos espaços vazios do trânsito.
Por cada janela, uma luz emanando calor.
Por sobre algumas casas, chaminés que
brincam em colorir a escuridão.
Voltar para casa. O aconchego do primeiro calor.
A vontade de acender a lareira e ficar apenas
curtindo o silêncio e o crepitar das chamas.
Não fazer absolutamente nada a não ser
pensar que viver é uma graça que se vive
em qualquer estação do ano.
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