Que Francisco tem sido uma agradável surpresa, isto não é novidade. Desde
o primeiro momento, como pastor da Igreja Católica, deu sinais de que quebraria
protocolos. O que não se esperava é que, aos 87 anos, ainda fosse capaz de, usando
uma cadeira de rodas, dirigir-se a uma sala de catequese com mais de 200
crianças e incentivá-las a viver 2024 como o Ano de Oração. Uma atitude
profundamente inspiradora. Mais do que foi escrito e discursado, o que Francisco
deseja é que sua Igreja viva “em saída”.
Quem gosta de vídeos curtos, viu, recentemente, um estádio inteiro
acompanhar, no mais absoluto silêncio, quando uma menina cega preparou-se para
tentar uma cesta no basquete. Direcionada pela treinadora, que batia com uma
vara na altura do ponto, permitindo orientar-se pela audição. Preparação, dedos
cruzados, aflição no rosto, suor no canto dos olhos... E lá foi ela. A bola
correu pela beirada do aro e caiu pela rede até o chão. O estádio veio abaixo
na demonstração da garra humana e a beleza da inclusão.
Numa destas entrevistas das quais participam crianças, uma delas pediu ao
ídolo do tênis que não se aposentasse sem enfrentá-lo. A promessa foi aceita e
o tempo passou... Não para o sênior, que providenciou encontro surpresa com o
agora rapaz que continuava buscando um espaço neste seleto mundo dos esportes.
Foi recebido na quadra pelo profissional veterano, que contou para a assistência
que tinha empenhado a palavra, sendo grato pelo carinho do fã, em especial em
poder realizar seu sonho.
Lion Runners (os Leões Corredores) é o grupo que o escritor Jairo Costa
mantém. Pelo WhatsApp, trocam informações, mensagens, mas, especialmente,
preparam e avaliam as trilhas feitas no Cerro do Estado, para todas as idades e
preparação física (não te cansa de esperar, ainda vou participar um dia...). Há
pouco tempo, colheram o chá da macela, na Semana Santa. Destacaram o
companheirismo, a colaboração, o cuidado com o meio ambiente e o incentivo para
os principiantes e os que tem mais dificuldades.
Contem dez desgraças, que eu conto histórias em que o Mundo tem jeito... Infelizmente,
ainda somos uma sociedade com resquícios do machismo, em que as sensibilidades
são desprezadas. Emociona que um idoso deseje ser útil; uma torcida silencie e
acarinhe; alguém espere para dar alegria a outrem; numa trilha, se aprenda a interdependência.
Mesmo de longe, é bom sentir que faço parte de uma sociedade ainda capaz de ser
bondosa, perseverante e não desistir da superação. Coloco uma toalhinha ao lado
para certos casos, afinal, numa certa idade, já tenho todo o direito de ter o
choro frouxo...
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