Há um caminho desenhado nos corações.
Não o chame de destino.
É a bagagem das muitas andanças,
Que se acumula e orienta os rumos
da vida.
Onde se estaciona as emoções,
Quando se começa
A ficar mais seletivo com as
lembranças.
Um itinerário que se constrói com a
imaginação,
Ao se deixa que as expectativas
Repousem carinhosamente no peito,
O lugar privilegiado
Para não se equivocar na direção.
Andarilhar é preciso...
No caminho,
Não se pode estar bem o tempo todo,
Sequer os momentos de tristeza
Apagam o direito de ser feliz.
Afinal, é o que norteia cada passo
Na superação das angústias e das
procuras.
A existência empresta momentos em
perspectiva.
Horizontes,
O lugar onde se colocam as
possibilidades:
Ali, os sonhos são etéreos,
As ilusões tornam-se passageiras,
As crenças são ancoradas e
As fantasias minoram as dores da
realidade.
Um céu estrelado é sempre a esperança
Do olhar para o futuro,
Como quem já encontrou a estrela-guia.
Mesmo na tormenta, ela está lá,
Aguardando por uma nesga de céu
Para confirmar a eterna cumplicidade
E a justa inspiração.
Tendo a música, da qual alguém se
apropria,
Tratando memórias com o bálsamo do
tempo,
Um amigo que seca todas as lágrimas,
Não permitindo que se frustrem as
emoções.
Na paciência de quem acompanha o
vento,
Sente o rumor das ondas
Sabendo que, mesmo em seu murmúrio,
Negam-se a desvelar seus rumos.
No entardecer,
Quando a brisa acalenta as ondas,
Testemunha-se a leveza de quem pode
Acarinhar a turbulência sem medo
De semicerrar os olhos e deixar que
Uma lágrima sele o destino
De quem ainda precisa andarilhar...
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