domingo, 14 de abril de 2024

O destino dos pingos da chuva

Num instante,

O ar se carrega do cheiro de terra molhada

E de grama recém-cortada.

Andando na chuva,

Aspira-se a fragrância que o ar úmido

Impregna, suavemente, em nossos corpos.

 

Esquecer que, há pouco tempo,

O abafamento tirava o gosto do instante,

Deixando o desânimo e o abatimento

Penetrarem por todos os poros.

 

Ainda agora,

A chuva caiu lentamente.

Enquanto escorria pelo telhado

E procurava o rumo da terra,

Formou uma cortina

Bordada por pingos e gotículas.

 

Brincou com o tempo,

Desafiou a mãe Natureza.

Zombou com nosso encantamento,

Quando a mão estendida cortou seu caminho,

Sem ser capaz de impedir o seu destino!

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