“Então é Natal!” Verdade. Você nem vai sentir. Mais
uma semana passa e estaremos em plena comemoração da véspera e o dia do
nascimento de Jesus. Tem gente que fica animada com esta contagem regressiva,
aprontando a casa, preparando comidas e bebidas, separando presentes, fazendo a
ornamentação especial, inclusive com a fachada das moradias. No entanto, alguns
já não querem comemorar (nem “bebemorar”), apenas aquietar, esperando que festejos
de fim de ano sejam página e calendário virados...
Não importa. O importante é vivenciar o espírito de
Natal que deve se fazer presente. Desnecessário dizer que tudo o que se elencou
faz parte dos costumes de nossas famílias, mas precisa ainda: aproximar, reunir
os mais próximos, amigos, quem sabe, parentes distantes. Motivo para abrir a
casa e o coração, no abraço em que se repetem saudações como “feliz”,
“próspero”, que podem – e devem – estar recobertos de carinho e afeto, tentando
compensar o que não se conseguiu fazer ao longo do ano.
Se não consegue receber em casa ou ir até a morada
de alguém que quer bem, ao menos telefone. Caso na sua lista estiver alguma
pessoa idosa, quem sabe doente ou ainda que você sabe que repete não gostar
destas festas por suas lembranças e saudades, então o benefício que fará – para
si e para o outro/outra - é incalculável. Vai ser o “espírito de Natal”
chegando não à casa, mas a um coração, que, possivelmente, não se arrumou, não
se enfeitou, não se perfumou para ser a manjedoura que acolhe o menino Jesus.
Quem circula pela cidade repara que já tivemos
épocas com mais ornamentação nas ruas. A dificuldade econômica influencia.
Levantamentos mostram que o percentual do salário destinado a presentes é
menor. Com maior número de desempregados ou subempregados, além do dinheiro
contado para os gastos essenciais, quem ainda tem uma fonte de renda faz
milagres para render. E os mais cascudos vão sendo deixados de lado em função
das crianças, especialmente filhos, netos e sobrinhos.
Pode-se falar do bom velhinho ou procurar sentido
para uma festa cristã. Triste ver o orgulho de quem diz que o filho “não
acredita em Papai Noel”. Não é função dos pais acabarem com o encanto de Natal,
se desgostam ou não tiveram quem as motivasse. Trocar presentes ou ser
“explorado” por filhos que já não sabem o que querem e exigem tudo. É um tempo
em que o religioso está sendo sufocado, as ornamentações são apenas mais um
tipo de enfeites e o espírito das festas tem o gosto de ressaca no dia
seguinte...
Passei por muitas fases na vida com relação ao Natal
e Ano Novo. Não costumo esperar a meia-noite. Muito em função de que, em anos passados,
enquanto meus pais estavam vivos, liberava os demais e cuidava do pai e da mãe.
Apenas, envio mensagens de carinho a amigos e familiares. Teve época em que
sequer as músicas de Natal me faziam bem. Mas já passou. Sinto-me animado a
escrever, como agora, ouvindo Elvis Presley cantando clássicos em “Christmas
Songs”. Tem coisa melhor que a gente possa fazer?
Então,
recebe um beijo natalino no teu coração.
Uma
feliz e abençoada festa do nascimento de Jesus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário