Falar e escutar são necessidades básicas dos sentidos.
A forma humana de interagir, na busca pelo
equilíbrio entre o dizer e o ouvir.
Quem tem a fala como profissão sabe
dos momentos em que anseia pelo silêncio,
O jeito de recarregar energias.
A sensibilidade para não agredir
Ou tornar-se apático quando repetem
Argumentos ou têm dificuldades de se
expressar.
A palavra, usada rotineiramente,
Pode envelhecer e se acomodar.
É quando há um grito silencioso por
socorro.
Tempo de deixar a zona de conforto,
O desafio para encontrar o a mais do que o
dito,
Que murmura significados.
Na ausência da sensibilidade,
As palavras podem machucar.
Na presença da empatia,
As palavras podem seduzir.
Não desista da palavra.
Feche os olhos e baile no seu entorno.
Encorpadas, borbulham por entre os lábios,
Mesmo quando não dizem tudo o que você
imaginou.
Mas surpreendem sendo as suas palavras...
O tempo é inclemente com as palavras
repetidas.
Elas são esquecidas, mal entendidas, desgostadas.
Quando são bonitas podem ser apenas
fúteis;
Quando são fortes, podem ferir e deixar
marcas;
Quando acolhedoras, tornam-se bálsamo
Que inebria, dando sentido ao eterno
recomeço.
Há um tempo em que as palavras não são
necessárias.
É o tempo de rezar, meditar, refletir.
Quando se tecem os fios invisíveis
Que envolvem a alma, o coração e o
cérebro.
Um alinhamento que cria e fortifica
convicções.
Descubra que não importa o que está
passando,
O certo é que não se precisa caminhar
sozinho.
É o jeito humano de perceber que o sabor
das palavras
Se intensifica na procura pela parceria,
Ao contemplar o tempo que ultrapassa os
limites do relógio,
Naquilo que te dá um gosto de Eternidade!
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