A Rosana Goi mandou-me uma mensagem em pps muito bonita. Em síntese: um padre visitou um doente idoso, a pedido da filha. Falando sobre oração, o idoso disse que durante muito tempo havia deixado de rezar, porque não entendia muito disto. Mas que um amigo lhe dissera que era simples: colocasse duas cadeiras, sentasse numa e pensasse que Jesus estava na outra. Foi o que fez e passou a contar para Jesus tudo o que lhe acontecia, numa conversa que, muitas vezes, levava uma, duas horas.
O padre, surpreso, disse que era assim mesmo. Que continuasse. Dois dias depois, soube pela filha que o idoso havia morrido. Perguntou se havia sido em paz. A resposta foi que sim, mas que havia uma coisa estranha: a filha saira para fazer compras, dera um beijo no pai e ouvira que a amava. Quando voltou, estava sentado numa das cadeiras e com a cabeça sobre a outra. Porque seria? O padre ficou emocionado, mas respondeu: ele descansou nos braços de um amigo!
Linda história, cheia de simplicidade que muitas vezes vamos desprezando ao longo da vida. Para uma criança, é tão fácil balbuciar uma oração, mas o dia a dia vai nos afastando desta necessidade que existe assim como precisamos de luz, água, ar, alimento: a oração.
Gastar um tempo com Deus é gastar um tempo conosco. Achar espaços de sanidade mental pode nos dar mais qualidade de vida.
Que bom que o sacerdote entendeu que fórmulas apenas, mutas vezes, não se transformam em ritos. Mas que uma boa conversa com um "Amigo", pode fazer a diferença em viver bem.
Não há burocracia no contato com Deus, pelo contrário, ele tem que ser o amigo que privilegiamos em nossas confidências e em quem depositamos nossa confiança. Depois disto, tudo o mais é apenas consequência, pois o que nossos lábios já não balbuciam, se manifesta na criança que sorri, na natureza que explode em vida, ou apenas naquele idoso que supera suas próprias deficiências ao tomar sua bengala e voltar a andar: a oração da própria vida.
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