Quedo-me admirando os céus.
Sinto o pulsar de um coração
Que não se preocupa com as distâncias
Ou os sons que não se consegue compreender.
De lonjuras infindas movem-se
Astros e estrelas de todas as magnitudes,
Numa grandeza em que mais do que assustar,
É um encanto aos olhos,
À compreensão humana e à própria fé.
A imaginação dispensa foguetes e espaçonaves.
De um lugarzinho remoto,
Uma rosa espera
Por seu Pequeno Príncipe,
Até o trigal, em que
O Sol ilumina os cachos do seu cabelo,
E onde uma raposa divaga
Sobre amores e amizades.
Ou pode ser uma gaivota singrando
Os ares na busca pelo voo perfeito,
Sem ter a preocupação do seu bando que
Correr atrás de um cardume de peixes.
Diante do céu que sinaliza o Universo,
Desaparecem as vaidades,
Contentando-se em
Levar a vida simples de alguém
Que vive intensamente o momento.
Ou de quem se angustia
com o sentido da existência…
Embriagados pela magia de
Uma obra de arte que aconchega,
Durante o dia ou na calada da noite,
É preciso
Guardar um tempo para erguer os olhos.
Se ainda não vês nada,
Fecha-os e sincroniza o coração
Com as energias que
Vêm de onde não imaginas.
Distâncias insondáveis e
Ecos de vozes de todos os seres celestes.
Onde estão os limites dos céus?
O manto azul que te abraça é
A infinitude do espaço que se torna mistério.
Manter o olhar apenas no dia a dia
Impede que outros horizontes sejam desbravados.
És vocacionado ao Infinito.
O Universo conspira
Para que sejas e faças alguém feliz!
Nenhum comentário:
Postar um comentário