Momentos se tornem especiais:
Quando raios de sol se espreguiçam,
Suspirando pela noite.
As nuvens se tornam palhetas para
Misturar as cores e fazer o pôr do
sol.
As nuances da escuridão são
A transição entre o mar e o céu.
Nas ondas que murmuram dolentes,
Já não importa o que é o mar e onde
As águas se confundem com o
infinito...
Realizam sonhos que
Penetram pelos sentidos ao inalar a
maresia.
No derradeiro grasnar das gaivotas,
Acompanhamento perfeito,
A música que toca os acordes no seu
apogeu,
Mexendo com cada fibra do meu corpo...
Na praia,
A fogueira não se importa
Que o seu luzir seja visto ao
longe.
De onde o olhar alcança é sinal na
escuridão;
De perto,
Recebe para se recolher ao silêncio
e
Perder o olhar na imensidão dos
devaneios.
A pequena e fugidia labareda,
É uma brasa em meio a gravetos e
pedaços de madeira,
Precisam ser remexidas,
Atiçadas para não perder o calor.
Por sobre os tições,
As cinzas fazem
O lugar certo para renascer a
chama.
O quebrar das ondas na areia
Sussurra ao ouvido e
O que se vê é um risco de espuma
branca
Marcando o mar, que está ali,
Pertinho, e, aos poucos,
Se mistura ao breu da noite.
Apenas uma fogueira na praia...
Já não importa o rumo que se toma,
O certo é que o caminho continua
Deixando pegadas,
Tragadas pelos esquecimentos.
Ficar é enfrentar a noite e seus
desafios,
Partir é, por toda a vida, saber
que
Ali restou o encantamento,
Quando se descobre a dor de
Se desperdiçar um pôr do sol.
As lembranças de quem compartilhou
O derradeiro sopro para manter a
chama.
Por toda a vida, remexer saudades
É impedir o esquecimento.
No sussurro das ondas que quebram
na praia,
O sonho não desiste
Da felicidade que esteve ao alcance.
Eterniza o instante mágico
Para não perder o sentido do
horizonte
Quando restam nas mãos
As cinzas onde dormitam as
brasas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário