“Conosco, não por nós” é o slogan da Semana de Conscientização e Orientação sobre a Síndrome de Down de Pelotas, entre 21 e 28 de março. O alerta é necessário porque a Associação de Pais de Pessoas com Síndrome de Down (APADPEL), no município, pretende desmistificar um equívoco, em material que circula pelas redes sociais. Chama a atenção de uma diferenciação que pode parecer apenas semântica, mas não é: “não somos portadores de Síndrome de Down... eu tenho Síndrome de Down”.
Explicam: “durante bom tempo o termo “portador” foi utilizado para se referir a pessoas com deficiência. Porém, se pensar no sentido da palavra, “portar” se refere a carregar algo e que você pode deixar de portar. Uma pessoa com a Síndrome de Down convive com ela durante toda a vida. É uma condição genética e ninguém deixa de portar a Síndrome de Down por nenhum motivo. Então o termo correto a ser utilizado é “pessoa com Síndrome de Down”, sempre colocando a “pessoa” à frente da deficiência.”
Para que se entenda:
“crianças e bebês com síndrome de down nascem com problemas de desequilíbrio em
seus genes para regular o desenvolvimento e as funções de vários órgãos, órgãos
e sistemas do corpo; o que os torna propensos a distúrbios ou doenças. Nem
sempre será assim, pois se conhecermos os problemas de saúde mais frequentes
nas crianças com Síndrome de Down pode-se prevenir, tratar ou amenizar.” Além
de colocar serviços à disposição, ainda se precisa socializar muita informação
a respeito.
Dia 21 de
março, às 9 horas, abrindo a programação da semana, será realizado um abraço na
nova sede
da APADPEL, na avenida Imperador Dom Pedro 1, 2490,
Fragata. A semana tem ações
práticas, como, no dia 24 de março, na rua Imperador Dom Pedro II, 959, no
centro, entre 7h30 e 13 horas, a atualização do Cadastro Único e elaboração de
cartões prioritários para famílias de pessoas com Síndrome de Down. Podem se
inscrever famílias/pessoas que recebem meio salário mínimo por pessoa.
Caminhada Down, com meninos, meninas, familiares e
amigos se apresentando à sociedade e reivindicando espaço e direitos; “um olhar
em cada ponto”, marcando a sensibilidade da fotografia sobre os muitos momentos
da vida de quem convive com a síndrome; a zumba, para alegrar corações e
mentes; e palestras, ajudando a entender quem já convive e aqueles (como todos
nós) que precisam tomar consciência de que discriminam pessoas diferentes por
não compreender a riqueza de suas experiências.
Li e ouvi muito depois que a Marli, mãe do Edinho
(meu afilhado), chamou a atenção para a programação envolvendo profissionais,
pesquisadores, educadores. Bem como pais (em especial mães) que
garimpam cada conquista em busca de qualificar a vida dos seus entes queridos.
Sujaram as mãos, arranharam os dedos, tiveram a pele dilacerada por dificuldades.
No entanto, em cada etapa, as marcas mais profundas ficaram no coração de quem,
há muito tempo, colocou seus filhos e filhas à frente das suas deficiências!
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