Não creio que este seja o maior dos meus pecados, mas confesso: estou apaixonado pelos doramas (ou k-dramas), as novelinhas asiáticas (agora, especialmente, as coreanas) que tomaram conta do streaming e assisto pelo Netflix. Neste tempo de Carnaval, em que aqueles que não são muito de festas de rua ou de salão e preferem maratonar séries na televisão, resolvi meter o bedelho e dar a minha sugestão com histórias gostosas, levinhas, bem humoradas, que dá pra assistir sozinho ou em família.
Para quem quer adrenalina com doses de romance e uma
pitada de comédia, a sugestão é O Curandeiro (Healer). Ação, com uma dose de
machismo, em que a história é bem construída e não se preocupa em apresentar
personagens que surgem naturalmente ao longo da trama. Jornalista novata, um
jornalista veterano e um “protetor” nas sombras se envolvem num antigo caso de
assassinato em que há uma história de família unindo os três e é difícil
proteger os mais frágeis, no caso a mocinha, e trazer a verdade à luz.
Para alguns suspiros, cai bem Amor rural. A série
acontece quando dois “jovenzinhos” (dos coreanos que a gente nunca sabe a
idade, por seus rostos de bonequinhas de louça – sou antigo, viu? – muita
malhação e maquiagem) eles se reencontram, sem que, ao menos um deles reconheça
o outro. Num ambiente fofoqueiro de vila (e é bom!), um veterinário da cidade
grande se muda para o interior a contragosto para substituir o avô. Acaba
conhecendo uma policial que guarda doces e bons segredos dos seus passados...
Apaixonante e com uma bela fotografia (comum entre
as séries coreanas), Missing: the other side conta a história de um vigarista
que possui um grupo de amigos que o apoia nas suas mutretas. Depois de uma
“fria” é perseguido e foge, encontrando uma vila sobrenatural onde os espíritos
de pessoas desaparecidas ficam até que seus corpos sejam encontrados. Descobre
que seu rancor faz com que os veja, precisando ajudar, inclusive sua mãe, para
que a polícia resolva seus desaparecimentos e descansem em paz.
Agora se, de fato, estiver a fim de dar bons e
gostosos suspiros, veja Something in the rain. Atente para a trilha musical que
é uma preciosidade. Numa Coréia preconceituosa com relação à diferença de
idade, uma mulher (na faixa dos 34 anos) reencontra o irmão mais novo (creio
que com 23 anos) da sua melhor amiga e se enamoram. Num ambiente de família e
de trabalho, custam a superar seus próprios preconceitos e criar coragem para
mostrar que uma “velha” e um “gurizinho” podem ter muito em comum...
Embora não sejam filmes “cabeça”, atendem à expectativa
de ter ação, romance, suspense e discussão de preconceitos arraigados, ainda
hoje, também na sociedade brasileira. Contei a amigos que não tenho mais
paciência para filmes intelectualizados. Não sou muito das novelas brasileiras
que, creio, esgotaram suas receitas. Diversão, um pouco de emoção, algumas
lágrimas e a sensação de que foi um tempo bem gasto. Então, descanse no
Carnaval, assista a um dorama e não tenha medo de ser feliz!
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